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Brasil Casa vigiada por câmera no interior de São Paulo é apontada como origem do ataque dos hackers às autoridades

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A Polícia Federal chegou aos suspeitos por meio da perícia criminal federal, que conseguiu rastrear os sinais do ataque aos telefones. (Foto: Reprodução/Youtube)

Na decisão judicial que determinou a prisão temporária dos suspeitos de hackear celulares de autoridades, a rua Maria do Carmo Ferreira Granato, em Araraquara (SP), é indicada como o “endereço de instalação de protocolo IP de onde partiram os ataques”.

Na altura do número 100, uma casa cinza de portão branco foi um dos alvos da investigação da PF (Polícia Federal). Na terça-feira (23), quatro pessoas foram presas sob suspeita de invadir contas do aplicativo Telegram. Entre as vítimas está o ministro da Justiça e Segurança, Sérgio Moro.

Localizada no Jardim Roberto Selmi Dei, bairro periférico conhecido apenas como Selmi Dei (muito distante do centro de Araraquara e mais próximo na cidade vizinha, Américo Brasiliense), a rua é tranquila: passam poucos pedestres e poucos carros, a marcha lenta – talvez devido ao tempo extra necessário para identificar a confusa numeração da via e seus vaivéns.

Ladeada por construções simples, a casa cinza é guardada por uma câmera de segurança, instalada à frente do portão branco. Vizinhos, que preferiram não se identificar, não confirmaram a identidade dos moradores da casa. “Todo mundo trabalha e ninguém nunca fica em casa. Então, ninguém sabe, não dá para saber quem é quem”, afirmou uma senhora que vive há 20 anos no bairro.

Tampouco disseram se havia alguém no momento da chegada da polícia, munida de um mandado de busca e apreensão. O documento determinava a coleta “de bens, valores e documentos relacionados à execução e produtos dos crimes investigados, bem como veículos, computadores, notebooks, hard disc (HD), pen-drives, CDs, DVDs e quaisquer outras mídias de armazenamento”.

Segundo um dos vizinhos, a movimentação na casa cinza “é rara”. “Ninguém sabe de nada por aqui”, afirmou um senhor, que assistiu à distância a ação policial. A operação se chama Spoofing, termo que, segundo a PF, designa “um tipo de falsificação tecnológica que procura enganar uma rede ou uma pessoa fazendo-a acreditar que a fonte de uma informação é confiável quando, na realidade, não é”.

A PF chegou aos suspeitos por meio da perícia criminal federal, que conseguiu rastrear os sinais do ataque aos telefones. Para investigadores, o grau de capacidade técnica dos hackers não era alto. A investigação ainda não estabeleceu se o grupo investigado em São Paulo tem ligação com o pacote de mensagens privadas dos procuradores da Lava-Jato obtido pelo site The Intercept Brasil.

O inquérito em curso foi aberto em Brasília para apurar, inicialmente, o ataque a aparelhos de Moro, do juiz federal Abel Gomes, relator da Lava-Jato no TRF-2 (Tribunal Regional Federal da 2ª Região), do juiz federal no Rio Flávio Lucas e dos delegados da PF em São Paulo Rafael Fernandes e Flávio Reis.

Segundo investigadores, a apuração mostrou que o celular de Deltan Dallagnol também foi alvo do grupo. O caso de autoridades da Lava-Jato em Curitiba está sendo tratado em inquérito aberto pela Polícia Federal no Paraná.

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