Sexta-feira, 19 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 19 de abril de 2016
O recurso que questiona sentença que manda a júri popular os acusados de serem responsáveis pela morte de Bernardo Uglione Boldrini será julgado nesta quarta-feira (20) pela 1ª Câmara Criminal. A sessão terá início às 14h, no Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul.
O julgamento teve início em 27 de janeiro deste ano, mas o desembargador Honório Gonçalves da Silva Neto pediu vista do recurso e a desembargadora Cláudia Maria Hardt, que participa do julgamento, decidiu por aguardar.
Recurso
Respondem ao processo criminal o pai de Bernardo, Leandro Boldrini, a madrasta do menino, Graciele Ugulini, e os irmãos Edelvânia e Evandro Wirganovicz.
Eles serão julgados pelo Conselho de Sentença do Tribunal do Júri, onde os jurados decidirão se são culpados ou inocentes dos crimes de homicídio quadruplamente qualificado (Leandro e Graciele), triplamente qualificado (Edelvânia) e duplamente qualificado (Evandro), além de ocultação de cadáver. Leandro Boldrini também responderá pelo crime de falsidade ideológica.
No recurso, Leandro, Graciele e Evandro alegam nulidades no processo e pedem as suas impronúncias (decisão por meio da qual o juiz conclui que não há provas da materialidade do fato ou da existência de indícios suficientes de autoria ou de participação para levar o acusado a julgamento perante o Tribunal do Júri). Alternativamente, pedem a desclassificação do delito de que são acusados, de modo a evitar o júri popular (responsável por julgar crimes dolosos contra a vida). Já o Ministério Público pede a inclusão da qualificadora do motivo torpe na pronúncia de Evandro Wirganovicz.
Caso
Em 4 de abril de 2014, o menino Bernardo, então com 11 anos, foi dado como desaparecido, em Três Passos, por seu pai, o médico Leandro Boldrini e a madrasta, a enfermeira Graciele Ugulini.
Dez dias depois, seu corpo foi encontrado envolto em um plástico enterrado às margens de um rio, na cidade de Frederico Westphalen (Noroeste do RS, ao lado de Três Passos). Edelvânia Wirganovicz, amiga de Graciele, admitiu para a polícia participação no crime e apontou o local onde o garoto foi enterrado. Todos foram acusados pelo assassinato, bem como Evandro Wirganovicz, irmão de Edelvânia.