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Por Redação O Sul | 12 de janeiro de 2017
Em 2016, os casos registrados de violência contra jornalistas aumentaram 17% no Brasil, passando de 137 para 161 ocorrências. O dado consta no relatório anual apresentado nesta quinta-feira pela Fenaj (Federação Nacional dos Jornalistas).
A pesquisa também destaca o aumento de 100% nas ações judiciais supostamente destinadas a cercear o trabalho dos profissionais da imprensa, chegando no ano passado a 18 processos, dos quais três levaram à prisão de quatro jornalistas.
Ao todo, foram 220 jornalistas agredidos e dois assassinados: Maurício Campos, dono do jornal O Grito, de Santa Luzia (MG), e João Miranda do Carmo, do site SAD sem Censura, de Santo Antônio do Descoberto (GO).
Repetindo as conclusões dos relatórios dos últimos três anos, os principais agressores de jornalistas são as polícias militares e as guardas municipais, com 25,4% dos casos. Em seguida, aparecem os manifestantes, com 15,5% – quase sempre em contextos de coberturas de manifestações de rua. Em terceiro lugar vêm políticos e seus parentes ou assessores, com 10,5%.
No que se refere ao tipo de violência, as agressões físicas aparecem em primeiro, com 36,03% dos casos, seguidas pelas verbais (16,15%), ameaças ou intimidação (14,91%). A maioria dos casos têm como alvo jornalistas de TV (31,5%), de jornal (27,5%) e internet (12,1%).