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Brasil A cassação do presidente Michel Temer lançaria o País em uma incógnita, afirma o ministro do Supremo Gilmar Mendes

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Gilmar Mendes fez avaliação do cenário político brasileiro. (Foto: Folhapress)

O presidente do TSE e ministro do STF Gilmar Mendes comentou em entrevista sobre o resultado do julgamento da chapa Dilma-Temer. Para Gilmar Mendes, se Temer tivesse o mandato cassado, o País seria jogada “em uma outra crise”, seria lançado a “um quadro de incógnita.

Gilmar Mendes ressaltou na entrevista que haveria um propósito por parte de grupos da mídia e de setores da política de utilizar o TSE para solucionar a crise.

“Na Alemanha, no modelo parlamentar, há o voto de desconfiança construtivo, só se derruba um governo para colocar outro no lugar. Isso que é uma lei da política também é um critério de análise de consequência no âmbito jurídico-político. Queriam que o tribunal decidisse essa questão política, lançando o país em um quadro de incógnita”, disse o ministro à Mônica Bergamo, da Folha de S.Paulo.

Questionado sobre as críticas que recebe de que teria um lado, Gilmar respondeu, “essa é uma lenda urbana”. “Eu tenho relacionamento com todos os partidos. Dialoguei muito, e tranquilamente, com o então presidente Lula. A despeito das diferenças, tínhamos até uma relação de frequência, de amizade.”

“Dizem ‘ah, esteve cinco ou seis vezes com o Temer’. Eu recebi outro dia o pessoal do PCdoB. E perguntei ‘como vai o nosso partido’? Eu sou um comensal do PCdoB, toda hora me reúno com eles”, completou Gilmar Mendes, que depois foi questionado sobre as críticas “contundentes” que tem feito contra o PT, como quando afirma que o partido instalou uma cleptocracia no Brasil“E falei de novo agora, no julgamento do TSE. De fato se instalou esse sistema.”

O ministro do STF destacou ainda que o PT teria estabelecido uma “confusão entre partido e Estado, que vem do marxismo-leninismo”. Confrontado, contudo, com o fato de que outros partidos como o PMDB e o PSDB também sofrem acusações, Gilmar ponderou que “todos usam sistema de financiamento com base em obras públicas, em serviços”, mas que tal “sistematização” seria própria do “lulo-petismo”.

“Mas, enfim, o fato de eu ser crítico do PT nunca me levou a julgar de maneira diferente. Tanto é que nunca questionaram minha imparcialidade no TSE. Em 2015, ao contrário do que esperavam, votei pela aprovação das contas de Dilma Rousseff”, justificou o ministro.

Para Gilmar Mendes, o problema de Dilma Rousseff não era jurídico, mas sim de apoio no Congresso. “Ela precisava de votos para barrar o impeachment. Liminares não salvariam o mandato. Se quiserem, igualmente, afastar o Temer, que o façam pelo Congresso. Ou que comprovem que ele já não tem mais condições de governar e ele opte pela renúncia.”

Gilmar Mendes também comentou sobre a suposta espionagem do governo contra o colega Edson Fachin, relator do inquérito contra Michel Temer. “Certamente temos que nos preocupar com isso e dar toda a proteção ao ministro Fachin, que está realizando um excelente trabalho. Agora, eu chamei a atenção da ministra Cármen, ela precisa assumir a defesa do tribunal em todos os ataques.”

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