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Por Redação O Sul | 17 de janeiro de 2019
A CBF (Confederação Brasileira de Futebol) aumentou o prêmio da Copa do Brasil. Trata-se da competição que mais dá dinheiro ao seu vencedor entre as disputadas pelos times brasileiro. Em 2019, o torneio vai pagar ainda mais. O campeão da edição poderá receber até R$ 70 milhões. A premiação quase se equipara ao prêmio máximo ao campeão da Libertadores.
Em 2018, o vencedor da Copa do Brasil poderia levar até R$ 67,3 milhões. A bolada leva em conta os valores acumulados pela passagem em cada uma das fases, a partir da primeira. Fluminense, Botafogo e Vasco estão na lista de clubes que podem alcançar esse montante em caso de título. O Flamengo só entra nas oitavas de final, já que disputa a Libertadores.
Em 2019, principal competição de clubes da América do Sul poderá pagar US$ 20,4 milhões (cerca de R$ 76 milhões, na cotação atual).O prêmio máximo acumulado para o vice-campeão saltou de R$ 37,3 milhões para R$ 39 milhões. Novamente olhando apenas para o jogo final, a premiação para quem ficar em segundo lugar aumentou R$ 1 milhão, indo de R$ 20 milhões para R$ 21 milhões.
Premiação por fase
1ª fase — R$1,05 milhão; 2ª fase — R$1,25 milhão; 3ª fase — R$1,45 milhão; 4ª fase — R$1,9 milhão; Oitavas — R$ 2,5 milhões; Quartas — R$ 3,15 milhões; Semifinal — R$ 6,7 milhões; vice-campeão — R$ 21 milhões; campeão — R$ 52 milhões; total do campeão: R$ 70 milhões; total do vice: R$ 39 milhões.
Mulher na CBF
Emily Lima, de 38 anos, não se conforma com padrões e não está disposta a colaborar para aumentar a extensa lista de clichês no futebol. A atual técnica do time feminino do Santos quer mudanças. De contrato renovado após uma temporada de redenção no clube, tendo conquistado um título paulista e o vice-campeonato da Libertadores, Emily deseja abrir novos mercados para as mulheres que trabalham no futebol.
Assim como a maioria dos profissionais da modalidade, ela sonha em fazer carreira na Europa, mas antes gostaria de ter a oportunidade de treinar um time masculino no Brasil. “Alguns gestores já me perguntam se aceitaria o desafio. Estão observando que estamos no mercado e que pode ser algo inovador. Temos que saber que a pressão será grande e diferente, certamente ouviremos coisas como ‘viu, foi tentar uma mulher’. Se houver uma boa oportunidade não vou negar”, disse.
No Brasil, o relato mais recente de uma mulher que foi técnica de um time masculino é o de Nilmara Alves, que comandou o Manthiqueira na quarta divisão do Paulista e na Copa São Paulo.
Em dezembro, Emily foi a única mulher em uma turma de 65 técnicos que fez o curso de Licença Pro da CBF, a mais alta certificação para a categoria no futebol brasileiro. “Vivemos em um País machista e preconceituoso. Poderia ter mais técnicas? Sim, se tivéssemos uma cultura diferente”, afirmou.
“A pergunta, por sinal, não deveria ser o motivo de só haver uma mulher no curso, mas, sim, quantos homens que trabalham no futebol feminino tem Licença A ou Pro?”, completou. A partir deste ano, o diploma do curso será exigido para técnicos de equipes que disputam a Série A do Brasileiro masculino. Na edição de 2018, fizeram o curso Tite, Dunga e Mano Menezes, 3 dos 4 últimos técnicos da seleção masculina.