Mundo Centenas de pessoas ficaram presas por 15 horas em um trem no Japão por conta da neve
Por Redação O Sul | 12 de janeiro de 2018
Mais de 400 pessoas ficaram presas em um trem no Nordeste do Japão devido a uma forte neve, informou nesta sexta-feira (12) a companhia ferroviária JR East. O trem de quatro vagões e com 430 pessoas a bordo ficou atolado em uma passagem de nível na cidade de Sanjo, na província de Niigata, por volta das 19h (hora local, de quinta-feira) e só voltou a circular 15 horas e meia depois.
Os serviços de emergência e a companhia ferroviária, que atenderam as vítimas durante a noite, conseguiram retirar parte dos passageiros por volta da 1h (hora local), mas 8 horas depois, 200 pessoas ainda estavam dentro do trem, confirmou à agência de notícias EFE a operadora.
Devido aos fortes atrasos causados pela neve, os vagões estavam lotados de passageiros, alguns dos quais viajavam em pé, embora o trem tenha aquecimento e luz. A companhia ferroviária forneceu à noite água e comida para as pessoas presas.
Três foram levadas para um hospital próximo por conta de desidratação e mal-estar, enquanto outros passageiros foram recolhidos por familiares durante a noite, informou a “NHK”.
A neve que caiu na região, que chega a ser dez vezes mais intensa do que a média nesta época do ano, atrapalhou o sistema de transporte no norte e no Oeste do Japão. Na cidade de Sanjo, localizada a 300 km de Tóquio, espera-se que a neve chegue a 20 cm de altura nesta sexta.
China
Wang Fuman tem apenas oito anos. É um dos meninos que vive na localidade de Zhaotong, na zona rural da província de Yunnan, no Sul da China. Vai todos os dias à escola e é muito bom a matemática. Mas para lá chegar, não vai de carro, de autocarro, de comboio e nem sequer de bicicleta. Vai a pé. Percorre 4,5 quilómetros – uma hora e meia de caminho – no meio da neve, com uma temperatura habitual na ordem de 9 graus abaixo de zero.
O pequeno Wang chega todos os dias à escola com neve na cabeça, nas mãos, nas sobrancelhas e na roupa. Chega gelado e molhado, mas não falta um único dia. O professor, que lhe dá aulas na escola primária de Zhuanshanbao, decidiu tirar-lhe fotografias e partilhá-las nas redes sociais.
A partir daí o mundo comoveu-se com a história de Wang Fuman, que vive com a avó e a irmã mais velha numa casa de barro com teto de palha. A mãe abandonou-os, o pai trabalha em outra cidade e não vai a casa há meses. As imagens foram partilhadas por milhares de pessoas e muitas disponibilizaram-se para doar roupas de inverno para que o menino aguente as gélidas temperaturas. Além disso, o jornal “El País” conta que as próprias autoridades de Yunnan organizaram uma campanha de doações a Wang e outros meninos em situações semelhantes.
Segundo o Shanghaiist, o primeiro resultado das campanhas solidárias já aconteceu, alguns membros do município de Yunnan se deslocaram à escola para entregar roupa quente que tinham recebido para Wuang.
