Quinta-feira, 28 de março de 2024
Por Redação O Sul | 3 de março de 2018
Cerca de 60% dos poupadores que foram à Justiça e serão ressarcidos pelos bancos por perdas nos planos econômicos dos anos 1980 e 1990 receberão indenizações de até R$ 5 mil. A estimativa é da Febrapo (Federação Brasileira dos Poupadores), que calcula que 2,5 milhões de poupadores, ao todo, têm recursos a receber dos bancos. Projeções indicam que essas indenizações devem chegar ao montante a cerca de R$ 12 bilhões.
Na semana passada, o STF (Supremo Tribunal Federal) homologou o acordo fechado entre representantes dos bancos e dos poupadores, o que abre caminho para o início dos pagamentos. Para começar ao processo, a Febraban (Federação Brasileira dos Bancos) informou que irá disponibilizar até o fim de abril uma plataforma digital para que os poupadores com direito às indenizações se cadastrem, habilitando-se a receber o pagamento. Depois de cadastrados, os bancos têm até 60 dias para validar as informações. Depois da validação a transferência precisa ser feita em até 15 dias.
Indenizações de até R$ 5 mil serão pagas em um única parcela. Entre R$ 5 mil e R$ 10 mil, serão pagos em uma parcela à vista e duas semestrais. A partir de R$ 10 mil, os pagamentos serão parcelados, uma parte à vista e o restante divididos em quatro pagamentos semestrais. O Itaú Unibanco, porém, anunciou que pagará todos os seus correntistas em uma única parcela, independente do valor a receber. Procurados pela reportagem, os outros não se posicionaram sobre se tomarão medidas similares.
Itaú
O Itaú Unibanco anunciou que antecipará o pagamento para todos os poupadores que aderirem ao acordo sobre a correção dos planos econômicos. As indenizações serão pagas independente do valor, de acordo com o banco, desde que a pessoa seja seu correntista.
“A decisão vale para todos os clientes que reivindicaram do Itaú ou de bancos incorporados, judicialmente, o ressarcimento dos planos econômicos Bresser (1987), Verão (1989) ou Collor 2 (1991), que tenham aderido integralmente a todas as etapas do acordo. Com essa iniciativa, o banco pagará os valores, em uma única parcela, por meio de crédito em conta no Itaú”, informou o banco.
Segundo o banco, ainda, “os poupadores deverão aderir ao acordo, por meio de seus advogados, em um site que será criado pela Febraban nos próximos 60 dias. Procurados, Bradesco, Santander e Banco do Brasil ainda não se pronunciaram sobre como irão ressarcir seus correntistas.