Quinta-feira, 25 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 12 de outubro de 2015
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
O Governo começou a emitir sinais de que não vai adquirir o tão ventilado sistema de defesa antiaérea de tecnologia russa, prometido para as Forças Armadas utilizarem durante os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro. A Medida Provisória nº 697 publicada revela o cancelamento do empenho de R$ 1,8 milhão como um sinal para parte do equipamento – que custa meio bilhão de reais. Os russos pressionam o Governo para a compra – e deram recados à comitiva de políticos que visitou Moscou mês passado.
Ainda bem
Discretamente, militares dizem que o Governo se livra de uma sucata. O acordo de intenção foi assinado pelo então ministro da Defesa na gestão de Lula, Celso Amorim.
Pacotão
A MP abre ‘crédito extraordinário’ para Ministérios da Justiça, das Relações Exteriores, dos Transportes, da Defesa e da Integração, no valor de R$ 950 milhões.
Sem volta
Na rubrica 05.572 o registro é bem claro: CANCELAMENTO (em caixa alta) no item ‘Projeto de Defesa Nacional’ no valor previsto para ‘sistema de defesa anti-aérea’.
Pegou mal
O cancelamento da compra do sistema a menos de um ano dos Jogos, uma promessa do Governo para o Comitê Olímpico Internacional, pegou de surpresa vários países. Os americanos e russos, que já temem tanto a violência no Rio, devem reforçar o discurso sobre a fragilidade da defesa do Brasil contra eventuais atos terroristas.
May day
O caso ocorre em meio ao sucateamento da Força Aérea Brasileira, que aposentou os potentes Mirage 2000. A capital Brasília, por exemplo, é protegida por apenas dois F-5 hangarados na base de Anápolis (GO). Mas com raio de atuação menor que os Mirage.
Virou moda..
A expressão ‘crescer com sustentabilidade’ entrou de vez no vocabulário das administrações municipais. O IV Encontro dos Municípios com o Desenvolvimento Sustentável será realizado fim do ano que vem, com mais de mil prefeituras.
..só no papel
Tudo bonito de ver no papel. Mas a lei de resíduos sólidos foi desrespeitada pela grande maioria. Previa até este ano que todas as cidades contassem com aterros sanitários.
No alambrado
O que se diz de figurões no corredor da CBF é que o presidente Marco Polo Del Nero se livra, mas o FBI enquadra o ex, Ricardo Teixeira.
Faroeste tupiniquim ?
Os proprietários de terras no Paraná temem que se repita na região o conflito armado e com mortes e depredações ocorrido no interior do Mato Grosso do Sul há dois meses, que resultou em intervenção da Força Nacional de Segurança.
Questão de saúde pública
O problema das invasões de terras no Paraná por sem-terra vai ganhar uma comissão especial na Câmara dos Deputados, comandada pelo federal Alfredo Kaefer (PSDB). Temem não só pelas terras, mas pelas más condições de vida e saúde dos acampados.
Custo-Brasil
Veja um exemplo do custo Brasil. Um patriarca aniversariante do mês está bancando a viagem para país europeu dos 50 familiares, numa festa só para o clã. Na ponta do lápis, sai mais barato que fazer no Brasil para 400 pessoas – contingente que calculou.
Custo-Brasil 2
Aliás, políticos brasileiros estão preferindo fugir dos gastos com grandes festas nas capitais e promovê-las no exterior. Há três anos, o então vice-governador do DF, Tadeu Filippelli, casou o filho num castelo perto de Roma. Saiu uma pechincha.
Batendo em retirada
O setor de shoppings deu uma freada no Brasil. Menos de uma dezena está em construção no País – três anos atrás eram 15. Há saída de capital de grupos estrangeiros.
Ponto Final
Sem noção: um país que não consegue derrubar o mosquito da dengue reservar mais de R$ 1 bilhão para se proteger contra ameaças invisíveis.
Com Equipe DF, SP e Nordeste
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
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