Terça-feira, 23 de abril de 2024

Porto Alegre

CADASTRE-SE E RECEBA NOSSA NEWSLETTER

Receba gratuitamente as principais notícias do dia no seu E-mail ou WhatsApp.
cadastre-se aqui

RECEBA NOSSA NEWSLETTER
GRATUITAMENTE

cadastre-se aqui

Esporte A chegada de Neymar ao Paris Saint-Germain já ficou marcada na história do futebol pelo lado financeiro do negócio

Compartilhe esta notícia:

Especialistas dizem que o retorno desse tipo de negócio não é apenas financeiro. (Foto: PSG / Divulgação)

A chegada de Neymar ao PSG (Paris Saint-Germain) já ficou marcada na história do futebol, não ainda pelos ganhos esportivos do clube com o craque brasileiro, mas pelo lado financeiro do negócio. O clube pagou 222 milhões de euros (815 milhões de reais) ao Barcelona para contratar o jogador, o maior valor já visto em uma transação do futebol – é mais que o dobro do recorde anterior, a contratação do meio-campista Paul Pogba pelo Manchester United, da Inglaterra, por 105 milhões de euros no início deste ano.

Além disso, a equipe francesa ofereceu 110 milhões de reais por ano em salários para convencer Neymar a trocar Barcelona por Paris. Numa conta simples, isso equivaleria a mais de 300 mil reais por dia, ou a 12,5 mil reais por hora. Um valor que poucos conseguem ganhar em uma vida inteira de trabalho.

Os números parecem exorbitantes, fora de qualquer realidade, mas segundo especialistas há uma explicação lógica e matemática. “Hoje está evidente que o futebol é um mercado de entretenimento. Nos Estados Unidos, é mais normal ver o esporte como essa indústria, mas o futebol está se consolidando nisso agora. Está virando cada vez mais espetáculo”, diz a economista Elena Landau.

Landau compara o mercado do futebol ao mercado de entretenimento de Hollywood – um ator como Brad Pitt recebe valores altíssimos para fazer um filme, o que seria proporcional à movimentação financeira que se espera da película. A lógica para o futebol hoje seria a mesma: estrelas como Neymar são muito bem pagas porque são as protagonistas de um espetáculo que envolve cada vez mais dinheiro.

“O futebol é um dos poucos segmentos, senão o único, em que o funcionário ganha mais que o patrão. O presidente de um clube ganha menos que o jogador”, observou o especialista em marketing esportivo Erich Beting. Isso porque sem os jogadores, sem as estrelas, não há o espetáculo que movimenta todo esse dinheiro, explica Beting. Ele ressalta que, na última década, os clubes europeus passaram a internacionalizar as suas marcas e, com isso, multiplicaram seus lucros. “Eles estão a cada ano aumentando a receita porque as marcas dos clubes europeus se tornaram globais. O PSG tem programa de associação de membros mundial, qualquer um pode se associar no mundo inteiro.”

Para se ter uma ideia desse crescimento, o Barcelona, por exemplo, aumentou quase 300% seu faturamento nos últimos dez anos (de 259 milhões de euros em 2006 para 689 milhões de euros em 2016), segundo números oficiais do próprio clube.
Em 2011, antes de ser comprado por um fundo de investimento do Catar, o PSG faturou 221 milhões de euros, de acordo com o estudo Football Money League, da consultoria Deloitte. Hoje, esse valor subiu para 520 milhões de euros – quase metade do faturamento do clube foi investido na contratação de Neymar.

“Esse investimento é irracional. O Real Madrid, por exemplo, não faria algo assim, a não ser que visse uma equação em que ganharia em todos os sentidos. Mas o PSG precisava dessa autoafirmação, então ele construiu essa loucura. Porque você não mede o retorno só do dinheiro, mas também do prestígio. E como o PSG tem um fundo de investimento por trás, ele tem dinheiro para correr esse risco”, pontua Beting.

“Fator Neymar”

Tanto Landau quanto Beting classificam o caso Neymar como um ponto fora da curva nas negociações do mundo do futebol. “O negócio não seria de risco se o clube dissesse que não se importa em perder dinheiro, o que talvez seja um pouco o caso do PSG, que tem o fundo por trás. E você olha para o clube e tem tudo a ver, porque lá ainda falta um ídolo, uma pessoa que vai levar mídia, uma visibilidade que eles não têm”, afirma ela.

Existem os aspectos esportivo e econômico. Pelas cifras envolvidas, muitos se perguntam se Neymar vai proporcionar retorno ao valor nele investido. “Não, ele não deve se pagar”, avalia Beting. “É um negócio que dificilmente se paga na ponta do lápis”, pondera Beting. Mas ele agrega que o jogador brasileiro tem sido cada vez mais frequente na mídia em geral, incluindo as redes sociais. Ele transita em muitos territórios e, quando você tem um embaixador desse, é um baita ganho de imagem.”

Compartilhe esta notícia:

Voltar Todas de Esporte

Weidman vence Belfort por nocaute no primeiro round
A Seleção Brasileira de vôlei feminino vence a Sérvia e está na final do Grand Prix
https://www.osul.com.br/chegada-de-neymar-ao-paris-saint-germain-ja-ficou-marcada-na-historia-do-futebol-pelo-lado-financeiro-do-negocio/ A chegada de Neymar ao Paris Saint-Germain já ficou marcada na história do futebol pelo lado financeiro do negócio 2017-08-05
Deixe seu comentário
Pode te interessar