Colunistas Chegada dos irmãos Gomes afasta Senador Álvaro Dias do PDT
Por Redação O Sul | 25 de agosto de 2015
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
Flavio Pereira
O acordo que o presidente nacional do PDT Carlos Lupi está fechando com os irmãos Gomes – Ciro e Cid – para ingressarem no partido, em troca da garantia da legenda para que Ciro Gomes dispute a presidência da República em 2018, está desgostando a bancada federal trabalhista. Entre os senadores – seis – que compõem a bancada do PDT no Senado, a rejeição é unânime por uma razão: a bancada costurava a vinda do senador Álvaro Dias, que reforçaria a posição do partido no Paraná e garantiria um bloco forte, de sete senadores. Ontem, em Porto Alegre, procurado pelo colunista, o senador Lasier Martins disse que preferia não comentar o fato, embora admitisse que “para o PDT, seria bem mais saudável a vinda do Alvaro Dias”.
O substituto do vice-presidente
A presidente Dilma Rousseff repassou ao seu chefe de gabinete, Giles Azevedo, as atribuições antes entregues ao vice-presidente da República Michel Temer de articular as demandas da base no preenchimento dos cargos de confiança. A compensação poderá vir de outra forma: Eliseu Padilha, principal aliado de Temer, deverá comandar um superministério a ser criado.
Crise política do Inter jogada no plenário da Câmara
A grave crise política que vive o Sport Club Internacional acabou trazida a público ontem na sessão da Câmara de Vereadores de Porto Alegre. Depois de encaminhar pedidos para que o ex-conselheiro Nestor Ludwig e o craque Fernandão recebessem nomes de ruas no entorno do estádio Beira-Rio, a direção do Inter oficiou à Câmara pedindo a suspensão da votação dos pedidos para que, antes, o clube realizasse uma votação interna incluindo outros nomes. O problema é que havia um acordo firmado pelo então presidente da Câmara, professor Garcia, pelo qual todos os vereadores se comprometeram a aprovar os dois nomes encaminhados pelo clube. O pedido de adiamento recebeu apoio de vereadores do PT, exceção do engenheiro Comassetto, que insistiu em que o acordo fosse cumprido, e do PSol, mas foi derrotado em plenário. Constrangidos, os vereadores acabaram votando as propostas originais e aprovaram os nomes de Nestor Ludwig, ex-diretor de Árbitros da Federação Gaúcha de Futebol, e ex-conselheiro, e de Fernandão, craque e ex-treinador do clube. Um detalhe: as famílias dos homenageados confirmaram que não fizeram qualquer pedido nesse sentido.
Depoimentos de vereadores
O líder do DEM, vereador Reginaldo Pujol, não se conteve e comentou que “já dizem que a Câmara só serve para votar nomes de ruas. Agora, dirão que nem isso ela consegue fazer direito”. João Bosco Vaz, do PDT, lamentou que, depois de encaminhar os nomes, o Inter, por divisões políticas, criava um constrangimento para os vereadores. Bosco disse que “se sair a votação, eu já sei que vão tirar o nome do conselheiro Nestor Ludwig e escolher apenas o Fernandão”. Pujol e Bosco abstiveram-se de votar.
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
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