Mundo A China detectou a mutação do vírus que afetou sistemas no mundo todo
Por Redação O Sul | 15 de maio de 2017
O Departamento de Segurança Pública e a Comissão Municipal de Economia e Tecnologia da Informação de Pequim (China) emitiu um comunicado em que informou ter descoberto o WannaCry 2.0, uma nova versão do vírus que atacou os computadores de mais de 200 mil vítimas em 150 países desde a última sexta-feira, segundo o jornal estatal “Global Times”. De acordo com a nota oficial, as medidas de segurança adotadas após o primeiro ataque, na sexta-feira (12), não foram suficientes para impedir a infecção pelo WannaCry 2.0. Ainda conforme o comunicado, não é possível evitar uma maior propagação do ransomware, que impede o acesso dos usuários aos arquivos em troca de um resgate.
Nesta segunda-feira (15), o ataque se espalhou pela Ásia, que por causa do fuso horário não foi tão atingida na sexta-feira já que as empresas estavam fechadas. Só na China há relatos de que pelo menos 40 mil instituições teriam sido atingidas, entre elas 4 mil instituições acadêmicas, como as tradicionais universidades de Tingshua e de Pequim. Há quem acredite que os números sejam ainda maiores diante do elevado uso de softwares piratas.
A China foi o país mais afetado em todo o mundo, segundo ranking elaborado pelo Instituto Nacional de Ciberseguridade, do governo espanhol. Em seguida, vêm Rússia, Estados Unidos e Reino Unido. No entanto, as autoridades chinesas não deram detalhes da situação do país. Uma companhia de antivírus do país, a Qihoo 360, informou que 29.372 companhias e órgãos oficiais foram vítimas do ataque.
No Japão, cerca de dois mil computadores de 600 empresas diferentes foram afetados, entre elas a Hitachi e a Nissan. Já na Austrália, o primeiro-ministro Malcom Turnbull afirmou que os ataques ficaram mais limitados a pequenos negócios, segundo o Wall Street Journal. (AG)
