Sábado, 20 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 3 de junho de 2017
O governo da China afirmou, na sexta-feira (2), que seguirá cooperando com a comunidade internacional “incluindo os Estados Unidos” na redução de emissões e na luta contra a mudança climática, apesar a decisão do presidente americano, Donald Trump, de retirar seu país do Acordo de Paris.
“Nós seguiremos cumprindo com a nossa parte na luta contra a mudança climática, e estamos dispostos a cooperar com a comunidade internacional, incluídos os Estados Unidos, para impulsionar a economia global de baixo carbono”, disse, durante entrevista coletiva, uma porta-voz do Ministério de Relações Exteriores, Hua Chunying.
Ela evitou fazer julgamentos sobre a decisão de Trump, e se limitou a dizer que a luta contra o aquecimento global “precisa do esforço de todos” e, por isso, a China seguirá defendendo o Acordo de Paris, que “reflete o convênio mais amplo da comunidade internacional contra a mudança climática”.
Japão
O governo do Japão, por sua vez, classificou nesta sexta-feira (02) de “lamentável” o anúncio do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de retirar seu país do Acordo de Paris contra a mudança climática, e o ministro do Meio Ambiente, Koichi Yamamoto, tachou a medida de “contrária à inteligência humana”.
O Japão “confiava em trabalhar com os Estados Unidos no Acordo de Paris, de modo que o anúncio do governo americano é lamentável”, disse o ministro das Relações Exteriores japonês, Fumio Kishida, através de um comunicado.
A mudança climática “requer esforços da comunidade internacional”, disse Kishida, acrescentando que Tóquio vai “explorar formas para cooperar com os EUA” e fazer deste país, o segundo maior emissor global de gases de efeito estufa, “faça frente de forma efetiva ao problema”.
Por sua vez, o ministro Koichi Yamamoto, se mostrou “decepcionado” e “irritado” com o anúncio do presidente americano, e em uma entrevista coletiva, o classificou de “contrário à inteligência humana”.
O Japão, um dos signatários do Acordo de Paris, foi duro em suas declarações contra Donald Trump, uma manifestação pouco habitual do governo liderado pelo primeiro-ministro Shinzo Abe.