Quinta-feira, 25 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 19 de novembro de 2017
A capital inglesa Londres deve anunciar nesta quarta-feira um plano que permitirá nas ruas da cidade a circulação dos primeiros carros elétricos que funcionem sem a necessidade de um motorista. De acordo com um comunicado oficial do Ministério das Finanças do Reino Unido, o sistema deve estar disponível a partir de 2021.
As autoridades locais também preveem um investimento de pelo menos 160 milhões de libras esterlinas (quase 700 milhões de reais) para instalar a chamada “tecnologia 5G”, necessária à fabricação de veículos operados por meio de “piloto automático”.
Também será separado um orçamento de 75 milhões de libras (cerca de 350 milhões de reais) para financiar o desenvolvimento da inteligência artificial necessária a esse modelo. De acordo com projeções de especialistas, o setor de carros autônomos movimentará 28 bilhões de libras esterlinas (cerca de 120 bilhões de reais) nos próximos anos.
O governo britânico também pretende anunciar em breve um fundo de 400 milhões de libras (quase 2 bilhões de reais) destinados às empresas interessadas em instalar pontos de recarga elétrica para esses carros, e, todo o país. A estratégia inclui, ainda, projetos adicionais de financiamento para os cidadãos da ilha que tiverem interesse em adquirir um veículo elétrico.
Questão ambiental
Em outubro, o governo britânico já havia anunciado a destinação de 1 bilhão de libras esterlinas (cerca de 4,3 bilhões de reais) para acelerar o processo de introdução de carros elétricos e híbridos em todo o seu território. O objetivo é reduzir as emissões de gases poluentes dos automóveis, por meio de um programa que envolve um corte mais amplo nas emissões nacionais, envolvendo despesas oficiais quase três vezes maiores.
A pesquisa e o desenvolvimento de alternativas, inseridas em uma estratégia de aumento da eficiência energética dos carros movidos a combustíveis fósseis (gasolina e diesel, por exemplo), devem priorizar a busca de fontes opcionais de energia.
Dessas áreas, a inovação tecnológica receberá 900 milhões de libras (quase 4 bilhões de reais), enquanto outros 180 milhões de libras (cerca de 600 milhões de reais) serão aplicados em estudos sobre novas fontes de energia limpa, a exemplo das lâminas das turbinas de parque eólicos.
A energia nuclear, por sua vez, receberá 450 milhões de libras (quase 2 bilhões de reais), enquanto o uso racional e inteligente de energia terá 270 milhões de libras (quase 1,5 bilhão de reais).
Já se sabe que os carros elétricos terão preferência em relação aos híbridos. O governo britânico estipulou como meta o fim das vendas de carros a gasolina ou diesel a partir do ano 2040. O Reino Unido quer cortar em 80% as emissões de poluentes em 2050, na comparação com os níveis de 1990. Pelos últimos dados, o país está no caminho certo, tendo já reduzido a poluição em 42% no final do ano passado.