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Ciência Cientistas alemães descobriram um conjunto de dentes que pode reescrever a história da humanidade

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Achado arqueológico tem idade estimada em 9,7 milhões de anos. (Foto: Reprodução)

Uma equipe de arqueólogos da Alemanha descobriu um intrigante conjunto de dentes, com idade estimada em 9,7 milhões de anos, em um antigo leito do rio Reno, anunciou nesta semana o Museu de História Natural de Mainz, na região Oeste do país.

O lote foi encontrado por arqueólogos que estavam peneirando cascalhos e areia em um leito pré-histórico do Reno – um curso antigo do rio mais importante da Alemanha. Os primeiros fósseis de primatas foram encontrados na região em 1820. Desde 2001, 25 novas espécies já foram descobertas na área.

Os dentes estavam ao lado dos restos de um gênero extinto de equídeo (mamíferos que pertencem à família Equidae, que inclui o cavalo), fato que acabou ajudando os pesquisadores a determinar a idade dos fósseis.

De acordo com estudos preliminares, esse material não parece pertencer a qualquer espécie descoberta na Europa ou na Ásia. Eles se assemelham mais àqueles pertencentes aos esqueletos hominoides de Lucy (Australopithecus Afarensis) e Ardi (Ardipithecus ramidus) – descobertos em escavações na Etiópia (África).

No entanto, os dentes encontrados no vilarejo de Eppelsheim, a 40 quilômetros ao sul de Mainz, são pelo menos 4 milhões de anos mais velhos que os esqueletos africanos. De tão intrigados, os cientistas adiaram a publicação da descoberta por praticamente um ano. Uma equipe especializada realizará testes adicionais no achado.

Mistério

“Eles claramente são dentes de primatas”, afirmou o chefe da equipe de arqueólogos, Herbert Lutz, ao diário local “Merkurist”. Segundo ele, as características do material se assemelham a descobertas africanas que são de 4 milhões a 5 milhões de anos mais novas que os fósseis escavados em Eppelsheim. “Isso é uma tremenda sorte, mas também um grande mistério”, avalia.

Na entrevista coletiva em que foi anunciada a descoberta, o prefeito de Mainz, Michael Ebling, disse que o achado forçará cientistas a reconsiderar a história dos primórdios da humanidade. “Eu não quero dramatizar demais, mas gostaria de lançar a hipótese de que depois de hoje devemos começar a reescrever a história da humanidade”, frisou.

O arqueólogo alemão Axel von Berg afirmou a meios de comunicação ter certeza de que as descobertas receberiam muita atenção. “Isso irá impressionar especialistas”, garantiu Berg ao jornal local “Allgemeine Zeitung”. O primeiro artigo científico sobre a descoberta será publicado na próxima semana na rede social voltada a profissionais da área de ciência ResearchGate.

Os dentes ainda estão sendo examinados de forma detalhada, no entanto a partir do fim deste mês já devem ser exibidos em uma exposição científica organizada pelo Estado alemão da Renânia-Palatinado. O passo seguinte, De acordo com o diário alemão “Die Welt”, será o encaminhamento para o Museu de História Natural de Mainz.

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