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Ciência Cientistas analisam a biosfera das profundezas da Terra

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Uma nemátodo não identificado, encontrado em uma mina de ouro da África do Sul. (Foto: Reprodução)

Na superfície, a água no grau de fervura mata a maior parte da vida. Mas o Geogemma barossii é uma coisa viva pertencente a um outro mundo, que cresce no nosso. A água fervente – a 100º Celsius – praticamente congelaria esta criatura, que vive a 120º. Não há outro organismo conhecido capaz de suportar um calor tão elevado.

Trata-se de um dos muitos micróbios misteriosos de um imenso habitat subterrâneo. Na década passada, cientistas se reuniram embaixo do Deep Carbon Observatory para tentar compreender esses habitats escondidos. Com brocas de alta tecnologia, veículos submarinos operados por controle remoto, tubos coletores, tecnologia do DNA e maquetes por computador, os pesquisadores exploraram vulcões, minas de diamantes, fontes de água quente nas profundidades do mar, lama de vulcões submarinos e outros locais extremos sob oceanos e os continentes.

Cerca de 200 a 600 octilhões de micróbios vivem embaixo dos nossos continentes e muitos mais sob o leito marinho. Juntos, eles pesam o equivalente a 200 milhões de baleias azuis muito mais do que todos os 7,5 bilhões de seres humanos. A diversidade subterrânea rivaliza com a da superfície, com ainda há mais organismos a serem descobertos no subsolo.

As comunidades microbianas variam de um habitat para outro – quer estejam enterradas sob sedimentos, sob a crosta sulfúrica do leito marinho, ou encapsulados no granito, basalto, arenito ou argila em baixo dos continentes. Há até mesmo alguns fungos e organismos multicelulares, como insetos e vermes, que vivem nas profundezas do solo.

Alguns necrófagos sobrevivem alimentando-se dos restos da fotossíntese da superfície que foram enterrados há centenas de milhões de anos. Os Chemolithoautotrophos, por outro lado, realizam uma espécie de fotossíntese sem sol e respiram o que quer que se encontre à sua volta.

Outros micróbios respiram urânio e expelem os dejetos no formato de minúsculos cristais. A química na subsuperfície profunda sustenta a vida, e estes micróbios das profundezas aparentemente compartilham de um ancestral comum com os que vivem na superfície.

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https://www.osul.com.br/cientistas-analisam-a-biosfera-das-profundezas-da-terra/ Cientistas analisam a biosfera das profundezas da Terra 2019-01-14
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