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Geral Cientistas farão uma expedição para um continente submerso, a terra perdida

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Continente tem tamanho correspondente a dois terços da Austrália. (Foto: Divulgação)

Um grupo formado por cientistas de 12 países partirá, na próxima semana, no dia 27 de julho, rumo a um continente quase totalmente submerso e praticamente inexplorado pela ciência: a Zelândia. Descoberto no início deste ano e localizado no Oceano Pacífico, a área teria surgido há cerca de 200 milhões de anos. A expedição, que sairá de Townsville, levará 120 tripulantes, dos quais 30 cientistas envolvidos na pesquisa.

Segundo eles, 94% de território da Zelândia — o que corresponde a dois terços da Austrália — estão submersos no oceano e suas partes mais altas formam a Nova Zelândia e a Nova Caledônia. A teoria é que há cerca de 85 milhões de anos a Zelândia se desprendeu da Antártica e da Austrália. Os pesquisadores dizem que investigar o que aconteceu com a Zelândia pode ajudar a explicar o clima global.

Monitoramento do solo

Durante os dois meses de projeto, a equipe vai perfurar seis pontos do solo marinho do Mar de Tasman, que fica localizado entre a Nova Zelândia e a Austrália, a uma profundidade de mil a 5 mil metros e monitorar o fundo do mar na região. O objetivo é coletar amostras que, após serem examinadas, forneçam informações sobre o continente oculto. Para isso, serão analisados sedimentos acumulados durante milhões de anos.

“Esta é a primeira expedição oceânica que analisa detalhadamente a história da Zelândia e também a maior que foi feita até o momento”, afirmou Peter Blum, pesquisador da Universidade A&M do Texas e líder da expedição, ao jornal El País.

De acordo com pesquisadores, materiais como os microfósseis, que serão recolhidos do solo de Zelândia, podem trazer respostas sobre a evolução no local, o que ajudará a responder algumas perguntas sobre o continente submerso. Os cientistas afirmam que os organismos unicelulares poderão ajudar a datar sedimentos e descobrir se determinado terreno estava fora d’água.

“É provável que todo o continente estivesse sobre o nível do mar há 50 milhões de anos e depois tenha afundado. É o que vamos comprovar”, diz Jerry Dickens, diretor científico da missão.

Entre os argumentos para considerar a área um continente estão o tamanho, sua separação da Austrália, a presença de três tipos de rochas (ígneas, metamórficas, sedimentares) e a crosta mais espessa que o fundo do oceano.

Zelândia

Com cinco milhões de quilômetros quadrados, o novo continente é 10 vezes maior do que a Espanha e quase dois terços do tamanho da vizinha Austrália, que tem 7,6 milhões de quilômetros quadrados.

É comum pensar que é preciso que uma região esteja na superfície para ser considerada um continente. Mas os especialistas levaram em conta outros quatro critérios: elevação maior em relação ao entorno, geologia distinta, área bem definida e crosta mais espessa do que a do fundo do oceano.

O principal autor do artigo que anunciou a descoberta em fevereiro, o geólogo neozelandês Nick Mortimer, disse que os cientistas vêm se debruçando sobre as informações há mais de duas décadas para provar que a Zelândia é um novo continente.

Oitavo ou sexto continente

Embora ainda seja ensinada na escola, a divisão em cinco continentes – América, África, Europa, Ásia e Oceania – é considerada deficiente. Uma outra divisão, que para os pesquisadores é mais eficiente, mescla critérios geológicos e socioculturais, separando, por exemplo, as Américas do Norte (que inclui a Central) e do Sul.

Europa e Ásia – que às vezes aparecem como um único continente, a Eurásia – tornam-se dois blocos distintos, respeitando as diferenças culturais entre seus povos. Somando África, Oceania e Antártida, teríamos assim sete continentes – a Zelândia seria assim o oitavo. (AG/UOL)

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https://www.osul.com.br/cientistas-farao-expedicao-para-continente-submerso-terra-perdida/ Cientistas farão uma expedição para um continente submerso, a terra perdida 2017-07-23
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