Quinta-feira, 25 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 20 de março de 2016
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
O Pros, que lutava há mais de um ano por um ministério no governo Dilma, ganhou um dos principais, o do Esporte – pela iminência dos Jogos Olímpicos. Vítima de uma autofagia no PRB, o ministro George Hilton fez uma jogada de mestre. Consultou a presidente Dilma se poderia ficar no cargo, a despeito de o partido anunciar independência do Planalto no Congresso. Com o aval, Hilton se desfiliou na sexta-feira do PRB, e entrou nas fileiras do Pros. Pelo trato, ele fica à frente do ministério.
Recalque
Atrás da cortina desta cena, uma crise de ciúme do PRB. O presidente Marcos Pereira nunca aceitou ter sido preterido por Hilton na escolha do governo para ministro.
Incendiário
Há mais de ano Pereira inflamava a bancada contra o ministro. Por várias vezes deputados se disseram rompidos com o governo para prejudicar Hilton.
Dançaram
O PRB dançou feio com o Planalto. Com a ameaça de independência, a cúpula pensou que ganharia atenção especial dos ministros palacianos. Nem telefonema houve.
Prova plantada?
A PF tem forte suspeita de que Lula deixou à mostra, na casa, a minuta do contrato de compra do sítio em Atibaia (SP), de Fernando Bittar, sem assinar. Agora, é usada como prova pela defesa do petista de que o sítio não é dele. Mas ninguém acredita. Há objetos pessoais de Lula e Marisa por todo canto. E escutas ainda não divulgadas.
Poderoso Chefão
É do alto de uma das torres do complexo Brasil 21 em Brasília (DF) que o mensaleiro perdoado Valdemar da Costa Neto manda no PR, apesar de o presidente (figurativo) ser Alfredo Nascimento. O entra e sai de parlamentares da sala é frequente.
Digitais
Foi de um manuscrito improvisado de Valdemar que saiu a lista de deputados que integram a comissão do impeachment: Édio Lopes (PR-RR), José Rocha (PR-BA), Zenaide Maia (PR-RN) e o fiel líder Maurício Quintella Lessa (PR-AL).
Dominó petista
A delação do senador revela como há tempos há uma autofagia no PT. Lula não falava com [José Eduardo] Cardozo, que não conversava com Delcídio, que não confiava em Mercadante.
Praça nova
O prefeito do Rio, Eduardo Paes, segurou a inauguração do acesso da Praça Mauá ao secular complexo da Marinha no domingo dia 13, dos protestos. Resolveu esperar.
Te cuida, Lava-Jato
Se alguém tem dúvidas de como será a relação do novo ministro da Justiça, Eugênio Aragão, com a Lava-Jato, basta ler um trecho ácido de um artigo, no qual ataca o órgão do qual é egresso: “Ao agir de forma ‘justiceira’ e politizada, o Ministério Público arrisca a posição que hoje ocupa no quadro constitucional”.
Nos autos
Aragão assina o artigo “O Ministério Público na encruzilhada – parceiro entre sociedade e Estado ou adversário implacável da governabilidade?”. É um dos 89 textos do livro jurídico “Direito Constitucional Contemporâneo – Homenagem ao Prof. Michel Temer”.
Pílula a R$ 0,50
A famosa pílula anticâncer criada por um cientista paulista, combatida pela grande indústria farmacêutica, pode ser fabricada em série. O deputado Bolsonaro incentiva o laboratório da Marinha do Brasil a produzi-la. Custaria, acredita, R$ 0,50 a unidade.
Balança
Organizadores da marcha pró-PT-Dilma-Lula se inspiraram na frase dos opositores pró-impeachment para convocar aliados para sexta-feira. Trocam o “fica”: “se você não for, ela cai”, alardearam os movimentos sociais em panfletos.
Livre trânsito
Exonerado do Senado, o assessor de Delcídio do Amaral (sem partido-MS), Eduardo Marzagão, tinha, até dias atrás, livre trânsito na liderança do PT. Indiferente ao escândalo envolvendo o ex-patrão, Marzagão fazia questão de se inteirar de tudo.
Ponto Final
“Se de um lado tem o ‘pixuleco’, do outro tem o ‘pour boire’ (para beber, em francês). A oposição é que precisa de foro privilegiado.” Do senador governista Roberto Requião (PMDB-PR).
Com Walmor Parente e Equipe DF, SP e Nordeste Rogero
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
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