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Brasil Clínica particular, onde passaram famosos como o ator Fábio Assunção e o ex-jogador Casagrande, cobra 800 reais por dia para “limpar” pacientes

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Equipe conta com 60 profissionais, dois para cada paciente. (Crédito: Reprodução)

São 800 reais por dia. Apenas 30 pacientes ficam internados em uma das mais renomadas clínicas para recuperação de dependentes químicos em São Paulo. Trata-se da Greenwood, que já abrigou, por um ano, o ex-jogador e comentarista de futebol Walter Casagrande Júnior e o ator global Fábio Assunção.

Com piscina e cercada por um jardim bem cuidado, a Greenwood fica em uma casa térrea, com decoração sóbria de móveis de madeira pesados tanto nos quartos quanto nas áreas comuns.

Com uma equipe de 60 profissionais, entre médicos, enfermeiros, pessoal de serviços, seguranças e outros, são dois profissionais para cada paciente. Entre os internos, 60% deles são dependentes de crack, uma droga barata, mas que ganhou fama entre os mais abastados pela rapidez de seu efeito.

A fase inicial do tratamento dura um mês e é a mais dura, o chamado período de abstinência, no qual os pacientes sentem efeitos físicos e psíquicos por ficarem sem os entorpecentes. São comuns os vômitos e forte irritabilidade. Neste período do tratamento, o paciente fica isolado. Não é permitido sequer contato telefônico com a família.

Após isso, os internos são avaliados por um sistema de notas e, dependendo do resultado, podem receber visitas. O dia é ocupado com terapias de grupo e individuais.

Os internos são divididos em dois grupos de terapia: o daqueles que ainda não desenvolveram consciência sobre sua condição de dependente e os mais avançados, que sabem que nunca mais poderão usar substâncias químicas, como o álcool.

As atividades começam às 7h, com práticas esportivas. Às 17h, acontece uma sessão de relaxamento. Depois do jantar, podem ver TV nas áreas de convivência.

A média de tempo de internação é de um ano, com a continuidade do tratamento depois em um consultório, denominado Hospital Dia.

Fundador.

O médico psiquiatra Pablo Roig é um dos fundadores da Clínica Greenwood. O especialista trabalha há mais de 40 anos com o tratamento de dependentes químicos.

Qual o índice de reabilitação dos pacientes que se tratam na clínica?

Pablo Roig – Para os que cumprem todas as fases do tratamento, o índice de reabilitação é de 85%. Dos que interrompem, 80% têm recaídas.

No que consiste o sucesso do tratamento?

Roig – O tratamento é muito mais do que a desintoxicação. O principal é a ressocialização. Quando o paciente sai da clínica, ele enfrenta um processo de extrema solidão e precisa ser acompanhado de perto.

Além da desintoxicação, como é feito o tratamento psicológico com o dependente?

Roig – É preciso modificar a relação do paciente com o prazer. Mostrar que é mais importante a qualidade do prazer do que a intensidade. Isso é difícil porque o uso da droga provoca um prazer imediato difícil de ser substituído.

Para se ter uma ideia, uma relação sexual libera 100% de dopamina, um neurotransmissor produzido no cérebro, responsável pelo prazer. Uma refeição, quando se está com fome, 40%. Já uma cheirada de cocaína, 500%. E de crack, 900%. O problema é que é uma sensação artificial, que cada vez dura menos. Daí a busca desesperada do viciado em obter o prazer da primeira vez.

O senhor trabalha com dependentes químicos há 40 anos. Qual a diferença no perfil do dependente neste tempo?

Roig –
Quando comecei, a maior parte dos pacientes era de viciados em álcool. Hoje, 60% dos meus pacientes são viciados em crack. (DSP)

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