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Brasil O Conselho Nacional de Justiça abriu uma ação contra a desembargadora que postou na internet informações falsas sobre a vereadora Marielle Franco e a chamou de cadáver comum

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Marilia Castro Neves (RJ) disse que Marielle era 'engajada com bandidos'. (Foto: Reprodução)

O corregedor do CNJ (Conselho Nacional de Justiça), João Otávio de Noronha, determinou nesta terça-feira (20) a abertura de procedimento para apurar a conduta da desembargadora Marília Castro Neves, do TJ-RJ (Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro).

Em texto publicado no Facebook, a desembargadora afirmou que a vereadora Marielle Franco (PSOL-RJ), morta na semana passada a tiros no Centro do Rio, era “engajada com bandidos” e “um cadáver tão comum quanto qualquer outro”. Diante desta postagem, o PSOL, partido de Marielle, e a Associação Brasileira de Juristas para Democracia entraram no CNJ com duas representações contra a magistrada.

Marilia Castro Neves alegou na segunda (19) ter divulgado “de forma precipitada” informações que circulavam nas redes sociais sobre Marielle Franco. “A conduta mais ponderada seria a de esperar o término das investigações para, então, ainda na condição de cidadã, opinar ou não sobre o tem”, acrescentou a desembargadora do Rio.

Passo a passo

Segundo a Corregedoria do Conselho Nacional de Justiça, o procedimento é preliminar, investigará os fatos e coletará provas.

Depois, se o corregedor entender que há elementos para abrir um processo contra a magistrada, Noronha pode pedir ao plenário do conselho a instauração de um processo administrativo disciplinar.

Na reclamação ao CNJ, a Associação Brasileira de Juristas pela Democracia afirmou que a postagem tinha “conteúdo misógino e acusações falsas, fato público, notório e amplamente divulgado nos meios de comunicação, sem qualquer prova contra a honra e a dignidade da vereadora morta”.

O PSOL, por sua vez, argumentou ser “é inaceitável que uma desembargadora venha a público fazer afirmações criminosas, enquanto o representante do Poder Judiciário, a desembargadora inspira uma confiança que leva os leitores a acreditar em suas declarações, por mais infundadas que elas sejam”.

Professora com Down

Em outra postagem nas redes sociais, Marilia Castro Neves ironizou a professora Débora Seabra, primeira com síndrome de Down no Brasil.

(Foto: Reprodução)

“Apuro os ouvidos e ouço a pérola: o Brasil é o primeiro país a ter uma professora portadora de síndrome de Down!! Poxa, pensei, legal, são os programas de inclusão social… Aí me perguntei: o que será que essa professora ensina a quem???? Esperem um momento que eu fui ali me matar e já volto, tá?”, postou Maria Castro Neves (veja na imagem acima).

Em resposta, Débora Seabra afirmou: “Eu ensino muitas coisas para as crianças. A principal é que elas sejam educadas, tenham respeito pelas outras, aceitem as diferenças de cada uma, ajudem a quem precisa mais. (…) O que eu acho mais importante de tudo isso é ensinar a incluir as crianças e todo mundo pra acabar com o preconceito porque é crime. Quem discrimina é criminoso.”

Ironia sobre assédio sexual

Segundo o jornal “O Globo”, Marilia de Castro Neves também fez uma publicação, em 2015, na qual ironizou mobilizações contra o assédio sexual e em favor dos direitos das minorias.

“Assédio sexual é o quê? Paquera no trabalho???? Francamente!!!! Será que não temos nada mais importante pelo que lutarmos???? Uma pia de louça para lavarmos???”, publicou a desembargadora à época.

 

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https://www.osul.com.br/cnj-abre-processo-para-investigar-desembargadora-que-atacou-marielle/ O Conselho Nacional de Justiça abriu uma ação contra a desembargadora que postou na internet informações falsas sobre a vereadora Marielle Franco e a chamou de cadáver comum 2018-03-20
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