Sábado, 20 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 20 de outubro de 2017
Eram 11h40min e acabara de soar o sinal do penúltimo horário de aula desta sexta-feira (20) no Colégio Goyases, uma escola particular em Goiânia.
Nesse momento, um aluno de 14 anos deu o primeiro tiro. Dois adolescentes de 12 e 13 anos, morreram e outras quatro pessoas ficaram feridas.
“Eu vi o momento. A gente tinha acabado de bater o sinal do penúltimo horário. Eram 11h40. A gente escutou um barulho bem alto, parecia de bombinha. Como a gente tinha mostra [de ciência] amanhã [sábado (21)], a gente pensou que era um dos experimentos”, disse uma estudante de 13 anos, aluna da mesma sala do atirador, no 8º ano.
Ela disse ao jornal Folha de S.Paulo que estava com uma colega e a professora próximo à porta da sala de aula. O atirador estava próximo ao fundo do ambiente.
“A professora perguntou ‘o que que é isso?’. Ele levantou a arma e atirou para todo lado. Peguei na mão da minha amiga e saí correndo”, afirmou a aluna.
Os adolescentes mortos são João Pedro Calembo e João Vitor Gomes. O segundo, de acordo com a colega, era amigo do atirador. Estudantes relataram que o menino que efetuou os disparos sofria bullying e tinha o apelido de “fedido”, segundo eles, porque não usava desodorante.
“Ele não era calmo. Ele era bem estranho. Se você chegasse pra falar com ele, ele já falava ‘ah, eu vou matar seu pai e sua mãe, eu vou te matar’. A gente nunca chegou a falar isso para a escola porque não achava que era verdade, que ele chegaria ao ponto de fazer isso”, disse a estudante.