Quinta-feira, 18 de abril de 2024

Porto Alegre

CADASTRE-SE E RECEBA NOSSA NEWSLETTER

Receba gratuitamente as principais notícias do dia no seu E-mail ou WhatsApp.
cadastre-se aqui

RECEBA NOSSA NEWSLETTER
GRATUITAMENTE

cadastre-se aqui

Estilo Coleiras “sufocam” pescoços de mulheres

Compartilhe esta notícia:

Rihanna é uma das adeptas do acessório. (Foto: Reprodução)

Desde que Luma de Oliveira apareceu usando uma coleira com o nome do ex-namorado Eike Batista escrito em letras garrafais não se viam tantos pescoços amordaçados. Reeditadas pela moda com a alcunha de “chokers”, ou “sufocadores”, em português, as gargantilhas apareceram em desfiles internacionais ainda em 2014, mas só agora foram parar na rua e nas vitrines brasileiras.

Parte de um revival recente dos anos 1990, que recuperou as controversas pochetes e as blusas de gola alta, essas coleiras começaram a virar acessório “fashion” quando celebridades pop como a socialite Kim Kardashian e a cantora Rihanna passaram a usá-las.

A versão usada pela popstar no clipe do single “Work”, por exemplo, é um das mais populares das lojas on-line. Grossa, a corrente de couro tem uma argola presa no centro. Já o modelo usado por ela em seu novo clipe, o da música “Needed Me”, é forrada de pérolas.

Essas pedras também adornam algumas das versões que a grife Chanel apresentou no seu último desfile “cruise”, há dois meses, em Cuba. As coleiras da coleção “resort” da Dior, exibida em junho, são de metal, assim como uma dourada que a Osklen ostenta numa loja da rua Oscar Freire, em São Paulo.

O acessório logo enrolou os pescoços das blogueiras brasileiras, que hoje ditam o que é certo ou errado para a clientela mais jovem, e engordou o caixa de pequenas marcas especializadas na produção do acessório, como a brasiliense Enrosque Meu Pescoço.

ENROSCANELAS

Desde que a atriz e blogueira Julia Faria, do site homônimo, encomendou uma das peças de couro e vinil da marca, as sócias Ana Luiza Lima e Nice Moanna mandam pelo correio quase 60 sufocadores por mês. Temas quentes como opressão feminina e “empoderamento” das mulheres não passam pela cabeça das clientes. As cantadas também não incomodam.

“Os rapazes brincam, dizem ‘e aí, estão enroscadas?’. Acho que a maldade está nos olhos de quem vê, é um acessório como outro qualquer”, diz Lima, que criou a hashtag #enroscanelas para suas clientes. “Até noiva usa [choker]”.

Mas há quem fuja da enroscada. A blogueira gaúcha Tuani Mallmann vê como “uma batalha” convencer as leitoras do seu site, o Margot Magazine, a abolir o “chocker” do armário.

“Acho que existe falta de bom senso por parte das mulheres que usam [as gargantilhas], porque remetem à submissão feminina [perante os homens]. Deveria partir da gente se negar a usar esse tipo de coisa”, diz Mallmann.

Submissão, aliás, é um termo intrincado na tendência. O “choker” ganhou força, em parte, por meio da atual corrente fetichista da moda e a influência do punk nas novas coleções das grifes. A rebeldia veio, nas últimas coleções, atrelada a muito couro, vinil e metal.

O estilista americano Marc Jacobs é entusiasta da estética “bondage” –fetiche em amordaçar o parceiro–, detonada na cultura pop com o sucesso do livro “50 Tons de Cinza”, de E.L. James.

Em 2015, Jacobs chamou a designer americana de acessórios fetichistas, Zana Bayne, para criar uma coleção de “chokers”, máscaras e, para o furor dos fashionistas, “harness”, ou arreios, para serem usados por cima das roupas.

A cantora britânica FKA Twigs adotou as armaduras enroladas no busto e na cintura, uma desenhada pela grife Alexander McQueen e outra pela estilista Yeha Leung, da grife Creepyyeha, a mesma que criou as coleiras mais ousadas de Rihanna.

O mesmo caminho quer seguir a designer gaúcha Marina Borges quando a moda do “choker” passar. Sua grife H.A.R.M vende, por enquanto, coleiras de couro e de vinil por até R$ 109. Os “arreios” devem entrar num futuro próximo, e custar, no máximo, R$ 300.

“Muita gente olha estranho para quem curte essa estética, mas, se você olhar mais a fundo, os punks usam essas peças há muito mais tempo”, analisa Borges. “Pode haver uma conotação sexual nesse estilo, mas a verdade é que o sexo, para a moda, nunca vai parar de vender.” (Folhapress)

Compartilhe esta notícia:

Voltar Todas de Estilo

Ex-marido volta a negar agressão a Luiza Brunet e faz post irônico
Marina Ruy Barbosa revela que não quis usar tapa-sexo em cena picante
https://www.osul.com.br/coleiras-sufocam-pescocos-de-mulheres/ Coleiras “sufocam” pescoços de mulheres 2016-07-27
Deixe seu comentário
Pode te interessar