Quinta-feira, 18 de abril de 2024

Porto Alegre

CADASTRE-SE E RECEBA NOSSA NEWSLETTER

Receba gratuitamente as principais notícias do dia no seu E-mail ou WhatsApp.
cadastre-se aqui

RECEBA NOSSA NEWSLETTER
GRATUITAMENTE

cadastre-se aqui

Geral “Coletes amarelos” protestam após a prisão de um dos seus líderes e mantêm pressão sobre o governo da França

Compartilhe esta notícia:

Paris e outras cidades tiveram as primeiras manifestações de 2019. Movimento tentou ganhar impulso após enfraquecimento nos feriados de fim de ano. (Foto: Reprodução)

Os “coletes amarelos” da França protestaram e provocaram confrontos em Paris e outras cidades neste sábado (5) um dia depois de o governo do presidente Emmanuel Macron endurecer a posição contra os manifestantes. Foram as primeiras manifestações em 2019.

O movimento, que quer destacar as dificuldades que a população enfrenta para sobreviver, teve início no final do ano passado e se voltava inicialmente contra o aumento dos preços dos combustíveis. Depois, a pauta foi ampliada com reivindicações contra a política social e fiscal do governo.

Os conflitos deste sábado foram registrados especialmente na capital, durante os atos em desafio ao governo, que denuncia uma tentativa de “insurreição” e exige retorno à ordem.

Cerca de 25 mil manifestantes foram contabilizados às 12h (horário de Brasília) em todo o país, segundo a polícia. De acordo com a mesma fonte, no sábado anterior 32 mil pessoas haviam sido mobilizadas.

Este “ato VIII” da mobilização é um teste para o movimento, que desafia há um mês e meio o Executivo, apesar de ter perdido fôlego nas últimas semanas com os feriados de fim de ano.

Na manifestação anterior, em 29 de dezembro, o Ministério do Interior informou que havia 12 mil manifestantes em todo o país. Em 22 de dezembro foram contabilizados 38,6 mil, e em 17 de novembro 282 mil.

Desde o início do movimento, mais de 1,5 mil pessoas ficaram feridas, 53 delas gravemente, entre os manifestantes, e quase 1,1 mil entre as forças de segurança. Além disso, dez pessoas morreram, principalmente em acidentes nos bloqueios de estradas.

A passeata deste sábado em Paris partiu da avenina Champs-Elysées e se desenvolveu sem incidentes durante a manhã. Durante a tarde, porém, confrontos surgiram com o lançamento de projéteis contra os agentes da polícia, que responderam com gás lacrimogêneo, sobretudo nos cais do Sena, no Centro da capital.

Em uma passarela do rio Sena, um agente ficou ferido e foi evacuado pelos bombeiros, segundo a gendarmeria.

Um incêndio também foi registrado em um barco-restaurante ancorado perto do Musée d’Orsay. Várias motos, um carro e latas de lixo foram queimadas no Boulevard Saint-Germain, um bairro nobre do popular centro turístico, onde foram erguidas barricadas improvisadas.

“Tacar fogo assim não é possível. É o apocalipse”, comentou uma moradora, preocupada com “a imagem da França no mundo”.

O cortejo de manifestantes reunia, durante a tarde, cerca de 4 mil pessoas, segundo a polícia. Outras cidades também viveram momentos de tensão nesta nova mobilização.

O ministro do Interior, Christophe Castaner, pediu no Twitter que “todos tenham responsabilidade e respeito pela lei” após esses incidentes, e disse ter reunido representantes das forças de segurança para uma videoconferência com os representantes do Ministério do Interior sobre a situação no país.

“Mudar o sistema”

Esta é a primeira mobilização de 2019, apesar das concessões do Executivo, que se prepara para debater as reivindicações do movimento em meados de janeiro. Em Nantes (Oeste), a manifestação, que reuniu pelo menos 2 mil pessoas, também resultou em confrontos, inclusive com disparo de granadas. Pelo menos uma pessoa ficou ferida.

Em Rouen (Noroeste), 2 mil manifestantes se reuniram, segundo a polícia, e após atirarem pedras contra as forças de segurança, a polícia disparou bombas de gás lacrimogêneo e balas de defesa, atingindo um manifestante na parte de trás da cabeça.

Em Montpellier (Sudeste), quatro membros da polícia ficaram levemente feridos devido ao lançamento de pedras e garrafas pelos “coletes amarelos”, segundo autoridades regionais.

 

Compartilhe esta notícia:

Voltar Todas de Geral

Parlamento venezuelano rejeita legitimidade de 2º mandato de Maduro
Banco deposita por engano 78 milhões de reais na conta de empresário de Curitiba
https://www.osul.com.br/coletes-amarelos-protestam-na-franca-apos-prisao-de-um-dos-lideres-e-mantem-pressao-sobre-o-governo-de-emmanuel-macron/ “Coletes amarelos” protestam após a prisão de um dos seus líderes e mantêm pressão sobre o governo da França 2019-01-05
Deixe seu comentário
Pode te interessar