Sexta-feira, 29 de março de 2024
Por Redação O Sul | 2 de abril de 2017
A Colômbia chorou nesse domingo os mais de 200 mortos por um deslizamento de terra em Mocoa, enquanto os socorristas lutavam contra o tempo para buscar sobreviventes e o governo enviava ajuda humanitária, após as chuvas torrenciais que também atingiram Peru e Equador. O último balanço oficial aponta um total de 210 mortos e mais de 200 feridos após o transbordamento de três rios à meia-noite de sexta-feira, “um mar de lama” que arrastou tudo por onde passou, segundo testemunhas.
“De 210 pessoas falecidas, foi possível identificar 170. Não há desaparecidos oficialmente, nem nenhuma criança desamparada”, informou no Twitter o presidente Juan Manuel Santos, que lidera na zona os trabalhos de ajuda e reconstrução. Em Mocoa, capital de Puntamayo, devastada pela tragédia, os socorristas continuavam auxiliando os afetados, e os trabalhos de resgate foram retomados.
“Continua o trabalho de buscas para encontrar sobreviventes, ainda estamos dentro da janela de 72 horas posteriores a um desastre desse tipo”, disse à AFP um portavoz da Cruz Vermelha Colombiana (CRC).
Sob um céu nublado, mas sem chuva, pessoas caminhavam entre barcos, pedras, galhos de árvore e escombros em busca de entes queridos, ou para tentar recuperar seus pertences.
As fortes chuvas na América do Sul não atingiram somente a Colômbia. O Peru vem sendo afetado desde o início do ano por chuvas e deslizamentos de terra que, até o momento, deixaram 101 mortos e mais de 1 milhão de danificados. No Equador, foram registradas 21 mortes desde janeiro, com 9.409 famílias atingidas.