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Armando Burd Com a palavra

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O petista é acusado pela Procuradoria da República de “possíveis atos de lavagem de dinheiro mediante aquisição de bens imóveis em favor de suas filhas”. (Foto: Divulgação)

Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.

Passado o feriadão, a expectativa se volta à possibilidade de Antonio Palocci fechar o acordo de delação premiada. Preso desde setembro do ano passado, já conversou muito com o empresário Marcelo Odebrecht. Luiz Inácio Lula da Silva garantiu que seu ex-ministro não falará nada além do que já se sabe. Será, porém, o suficiente para as chamas subirem mais ainda.

Acertou na mosca

Em maio de 2002, Osíris Lopes Filho, que foi secretário da Receita Federal, rompeu com o presidente Fernando Henrique Cardoso e previu: “Uma das dificuldades que o futuro governo federal enfrentará é o agravamento da escassez de recursos para atender aos seus compromissos. O peso dos tributos alcançou o limite superior de tolerabilidade dos contribuintes. Estimativas estão prevendo que nossa carga tributária global chegará aos 36 por cento do Produto Interno Bruto.” Passados 15 anos, vê-se que o diagnóstico era preciso.

Palpite infeliz

A 2 de maio do ano passado, faltando 10 dias para assumir o Ministério da Fazenda, Henrique Meirelles, anunciou que a CPMF poderia ser necessária “em um curto prazo como uma questão emergencial”. Diante da rejeição da opinião pública, não teve força para levar a proposta adiante.

A história: a 13 de julho de 1993 surgiu como Imposto Provisório sobre Movimentação Financeira para ajudar a Saúde. Os recursos foram desviados para outras áreas. Tornou-se Contribuição em 1996 para impedir a divisão da arrecadação da União com os estados. Depois, virou permanente. Só a resistência dos senadores da oposição, na madrugada de 13 de dezembro de 2007, impediu nova prorrogação da cobrança de 0,38 por cento sobre movimentações financeiras até 2011.

Meirelles estimou em 35 bilhões de reais o potencial da arrecadação para 2017, mas o valor poderia ser maior. De arder no bolso.

Impune

Sexta-feira vão se completar 18 meses da maior catástrofe socioambiental ocorrida no Brasil. A Barragem do Fundão se rompeu, provocando morte e destruição em toda a Bacia do Rio Doce, até a foz no Espírito Santo. A empresa responsável segue derramando desculpas.

Conceitos de democracia

A 2 de maio de 1977, o presidente da República, Ernesto Geisel, concedeu entrevista a oito jornalistas franceses. Uma das perguntas: “O que é a democracia para o Brasil?” A resposta introduziu o conceito de democracia relativa. O trecho completo:

“Quando se fala em democracia, muitos a consideram no sentido absoluto e essa democracia eu acho que não existe em parte nenhuma. Todas as coisas do mundo, exceto Deus, são relativas. Então, a democracia que se pratica no Brasil não pode ser a mesma democracia que se pratica nos Estados Unidos, na França, na Grã-Bretanha. O Brasil tem dois problemas que têm que caminhar paralelamente com o problema político, que são o desenvolvimento econômico e o desenvolvimento social. Não se pode pensar em ter uma democracia política perfeita se não se tem um determinado nível econômico, e se também não se tem uma determinada estabilidade social.”

O que falta

A Assembleia Legislativa, que se autodenomina A Casa dos Grandes Debates, precisa realizar um fórum para responder à pergunta: quando vamos nos livrar dos esquemas arcaicos?

Abriu a porta

A 2 de maio de 1997, o presidente Fernando Henrique Cardoso formalizou convite para conversa com Luiz Inácio Lula da Silva, seguindo pauta que o líder do PT determinaria.

Idênticos

Em qualquer estado perdulário, todos os gastos são pardos.

Não custa

Adesivo espalhado em veículos país afora: demagogia tem alíquota zero.

Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.

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