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Mundo Com corrida aos bancos na Grécia, governo confirma feriado bancário

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População grega enfrentou filas no fim de semana para tirar dinheiro em bancos e caixas eletrônicos no Centro de Atenas. (Foto: Daniel Ochoa de Olza/AP)

O primeiro-ministro grego, Alexis Tsipras, anunciou nesse domingo feriado bancário e controle de capitais na Grécia. A decisão, que passa a valer a partir desta segunda-feira, foi tomada depois que os gregos começaram a retirar seu dinheiro dos bancos durante o fim de semana. Os bancos no país permanecerão fechados até 6 de julho, dia seguinte ao referendo convocado para que a população decida sobre a proposta de empréstimos dos parceiros europeus no valor de 15,5 bilhões de euros. Tsipras assegurou que os depósitos dos cidadãos estão seguros, assim como os pagamentos de salários e pensões.

A recomendação do conselho de estabilidade financeira da Grécia foi que os bancos permanecessem fechados por seis dias úteis. A corrida aos bancos, que deixou mais de um terço dos caixas desabastecidos no sábado, foi uma reação ao anúncio de um referendo no dia 5 de julho para a população opinar se aceita ou não as propostas de austeridade exigidas pelos credores do país. A população teme que o país saia da zona do euro.

Tsipras culpou os parceiros europeus e o BCE (Banco Central Europeu) por forçar a Grécia a tomar essa atitude. Ele disse que não voltará atrás em sua decisão de realizar o referendo no próximo domingo. O país passa por um impasse diante de dificuldades de acordo entre o governo grego e seus credores – UE (União Europeia), FMI (Fundo Monetário Internacional) e BCE.

Dívida
Vence nesta terça-feira uma parcela da dívida com o FMI de 1,6 bilhão de euros, valor que a Grécia não tem. A nação depende de ajuda financeira. Porém, 7,2 bilhões de euros em ajuda estão bloqueados, sob a condição de que o governo grego realize reformas econômicas, como o aumento de impostos e a redução de custos no sistema de aposentadoria.

No sábado, após o anúncio do referendo, os ministros da Economia da zona do euro rejeitaram estender o atual programa de resgate financeiro da Grécia, que expira nesta terça-feira junto com o vencimento da dívida com o FMI. A extensão seria necessária porque o referendo só ocorrerá no dia 5 de julho.

O BCE anunciou que deverá manter os empréstimos de emergência acordados aos bancos gregos em seu nível atual. Apesar disso, a instituição não parece disposta a desviar-se de suas regras, ou seja, a financiar a economia grega além da expiração do plano de ajuda.

Pedido de extensão
Alexis Tsipras afirmou que fez um novo pedido de extensão do atual programa de resgate financeiro para líderes da zona do euro. “Estou esperando uma resposta imediata para esse apelo fundamental à democracia”, disse. “Uma coisa é clara: a recusa a uma extensão curta, e a tentativa de anular um procedimento democrático, é um ato profundamente ofensivo e vergonhoso para as tradições democráticas da Europa”, acrescentou.

Autoridades norte-americanas também se movimentaram para tentar ajudar a resolver os problemas financeiros da Grécia, pedindo à Europa e ao FMI para chegarem a um plano de recuperação que mantenha o país na zona do euro. Em uma série de telefonemas para a diretora-gerente do FMI, Christine Lagarde, e para os ministros das Finanças da Alemanha e da França, o secretário do Tesouro dos EUA, Jack Lew, fez um apelo para que encontrassem “uma solução sustentável que coloque a Grécia em um caminho em direção à reforma e recuperação na zona euro”, conforme comunicado do Departamento do Tesouro divulgado nesse domingo.

Lew destacou ser “importante para todas as partes que continuem trabalhando para chegar a uma solução, incluindo uma discussão sobre um potencial alívio da dívida para a Grécia”, referindo-se ao referendo.

Antiausteridade
Manifestantes antiausteridade se reuniram ontem em frente aos escritórios da UE em Atenas. Muitos erguiam faixas com a palavra “não” em grego, em um pedido para que a população vote contra as medidas de austeridade impostas pelos credores no referendo de 5 de julho.

Vários movimentos sociais gregos convocaram para esta segunda-feira uma manifestação de solidariedade com o governo, para ocorrer também em Atenas. Muitos consideram que a Grécia esteja sofrendo chantagem das instituições europeias.

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