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| Com crescimento econômico acima da média, Paraguai atrai investimentos brasileiros e vira caso de sucesso na região

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Setor de “maquilas” é um dos que mais cresceram no ano passado, 10% ante 2015. (foto: reprodução)

Antes visto apenas como exportador de alimentos, eletrônicos falsificados e extremamente dependente de seus vizinhos maiores – Brasil e Argentina –, o Paraguai vem se destacando como um “case” de sucesso na região. Em sua recente participação no Fórum de Davos, na Suíça, a primeira de um presidente paraguaio, o conservador Horacio Cartes foi questionado sobre qual era o segredo do sucesso de seu país em um momento em que a América Latina desacelera.

O país cresceu entre 3% e 4% nos últimos anos, enquanto as demais economias da região ficaram na média de 2%. Para não falar da recessão de Brasil e Argentina.

“Não há segredo, na última década tivemos um vento favorável [referindo-se ao boom das commodities], e o que fizemos depois foi cuidar de nossos gastos e investimentos”, afirmou.

Eleito em 2013, Cartes é um dos principais empresários do país. Atua no setor de tabaco, além de ser um dos fundadores do principal banco paraguaio, o Amambay. Assim que assumiu, disse que faria uma administração empresarial. Além de ex-funcionários de suas empresas, chamou para o governo jovens da iniciativa privada e com formação no exterior.

Se, por um lado, a atitude irritou a ala mais tradicional do seu partido – Colorado –, a fórmula de “governo sem políticos” tem dado resultados.

Os principais motivos do bom desempenho paraguaio são o investimento industrial, especialmente com as chamadas “maquilas”, e a abertura do setor de carnes para investidores estrangeiros. “Queremos ser a China do Brasil”, disse Gustavo Leite, ministro da Indústria e do Comércio. Ele se refere aos 70 bilhões de dólares de compras que o Brasil faz de manufaturas da Ásia e que, segundo ele, seriam mais vantajosas se saíssem do vizinho.

“Maquilas”
O setor de “maquilas” é um dos que mais cresceram no ano passado, 10% ante 2015. Para atrair interessados, o país oferece desconto de impostos. “Das ‘maquilas’, 80% são brasileiras, 7%, argentinas, e o resto se divide entre europeias e americanas. Mas queremos chegar a mercados mais distantes”, diz Carina Daher, da câmara de maquiladoras.
Para o ministro da Fazenda, Santiago Peña, mesmo com a diversificação industrial, o Paraguai não pode abrir mão da agropecuária. “Alimentos sempre serão necessários e não podemos renegar nossa tradição. Os chineses não vão poder comer celulares”, disse.

Peña, 38 anos, é um dos ministros mais jovens, estudou na Universidade Columbia (EUA) e passou pelo FMI (Fundo Monetário Internacional). É cotado para suceder Cartes, caso ele não consiga aprovar a reeleição no país.
No setor de carnes, o investimento paraguaio já superou o de Uruguai e Argentina e só perde do Brasil.

Transformação
O estereótipo da capital paraguaia está mudando. Em vez de uma cidade marcada por ruas estreitas e lojas de eletrônicos, casas de câmbio e ambulantes trabalhando sob o sol, Assunção vem se transformando em alta velocidade. Se o centro guarda muito dessa imagem, os novos bairros e a região portuária estão mudando. Surgiram torres de escritórios, hotéis e shopping centers. O governo pretende dar ênfase à região portuária, onde serão construídas, até 2019, cinco torres para abrigar os ministérios de Relações Exteriores, Emprego, Comunicação e Cultura.

Para a zona mais antiga, há um plano, ainda sem data definida, de torná-la mais limitada aos carros, com áreas para pedestres, parklets e praças. Prédios históricos, como o edifício principal do Porto de Assunção, seriam remodelados e a zona também receberia um calçadão junto ao rio. (Folhapress)

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