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Brasil Com exceção de Jair Bolsonaro, os pré-candidatos à Presidência da República evitam clima de comemoração após a condenação de Lula

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Bolsonaro postou uma foto em que aparece na frente da TV comemorando a condenação de Lula. (Foto: Divulgação)

A condenação em segunda instância do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva por corrupção passiva e lavagem de dinheiro no caso do triplex em Guarujá (SP) aumenta a possibilidade de o petista ser preso e impedido de disputar a sucessão presidencial em outubro, mas ainda deixa o cenário aberto para seus adversários, dificultando a definição de uma estratégia eleitoral.

Com exceção do deputado Jair Bolsonaro (PSC-RJ), que assume o discurso antipetista e se coloca no outro extremo do debate, os demais presidenciáveis que se opõem ao PT relutam em defender uma eleição sem Lula. Provável candidato pelo PSDB, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, usa sempre a mesma tese de que “a lei é para todos, decisão judicial se respeita e adversário não se escolhe”.

Mesmo com a decisão do TRF-4 (Tribunal Regional Federal da 4ª Região), o tucano não pretende, ao menos por enquanto, alterar o planejamento traçado até aqui, de se posicionar como o nome da conciliação nacional, da austeridade fiscal e, mais recentemente, como representante do “povo”.

Assim como o PT está decidido a aguardar o último prazo possível para trocar de candidato, caso a condição de ficha-suja se confirme e o ex-presidente seja barrado pela Justiça Eleitoral, Alckmin também vai esperar para iniciar uma ofensiva direta à herança petista de 13 anos no governo federal centralizada na figura de Lula.

Aliados do tucano ressaltam que é preciso aguardar as próximas pesquisas de intenção de voto para saber se a condenação de quarta-feira (24) já terá algum impacto no eleitorado petista – após o impeachment de Dilma Rousseff, há dúvidas sobre a capacidade de transferência de votos atribuída a Lula. Em suas redes sociais, Alckmin disse que o julgamento reafirmou que ninguém está acima da lei. “O Brasil demonstra maturidade e segue em absoluto clima de normalidade democrática. O País deve buscar o rumo da ética.”

O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), contrariou a recomendação do governo de manter silêncio sobre o julgamento e divulgou nota oficial. “Construí minha carreira combatendo, no campo da política, as teses defendidas pelo ex-presidente Lula e pelo PT. Ainda assim, quem tem responsabilidade pública, em qualquer nação, não pode estar celebrando o dia de hoje.”

Tido como pré-candidato à eleição presidencial, Maia afirmou ainda que, apesar da condenação ter sido confirmada pelo TRF-4, “na política, o melhor foro de enfrentamento de teses diferentes é a campanha eleitoral”. “Nela, o veredicto é dado pelas urnas. Mas a campanha não começou, e quem se pronunciou foi o Poder Judiciário. É necessário ouvi-lo e respeitá-lo”, declarou.

O ministro da Fazenda e também presidenciável, Henrique Meirelles (PSD-SP), não se manifestou sobre o julgamento de Lula. Ele viajou para a Suíça com Michel Temer para participar do Fórum Econômico Mundial.

Munição

Menos discreto, Bolsonaro postou uma foto em que aparece na frente da TV comemorando a condenação quando o placar ainda estava dois a 0 contra o recurso apresentado pela defesa do petista. Na legenda, o parlamentar classificou a condenação como um “tiro de .50 na corrupção”, em referência ao tipo de munição de uma metralhadora de alto alcance.

No início da noite, o vice-líder das pesquisas eleitorais afirmou que o resultado “será usado pela esquerda para continuar se vitimizando como fizeram no período militar”. As declarações foram dadas pelo deputado durante transmissão via Facebook realizada na página de um de seus filhos, Flávio, que é deputado estadual no Rio. A transmissão foi anunciada sob o título “Liberdade 3 x 0 Lula”.

Pré-candidato pelo PPS, Cristovam Buarque (DF) afirmou que a confirmação da sentença contra Lula vai gerar “indecisão” no processo eleitoral. “A primeira consequência é a indecisão. Vamos participar sem saber quem são os candidatos, quais vão chegar até o final, quais candidatos serão cassados ou não. A segunda é a credibilidade. É óbvio que gera uma perda de credibilidade no processo eleitoral se o candidato que tem mais prestígio neste momento sai por razões jurídicas, mesmo que em um julgamento justo.”

O senador e presidenciável pelo Podemos, Alvaro Dias, classificou o julgamento como “emblemático”. “Ninguém acima da lei, mesmo um ex-presidente.” A ex-ministra Marina Silva, pré-candidata ao Planalto pela Rede, reiterou apoio ao trabalho da Justiça e afirmou que “todos são iguais perante a lei”.

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