Quinta-feira, 25 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 13 de agosto de 2016
Mesmo se conseguir impedir a realização ainda este ano de um referendo sobre sua permanência no poder – a partir de 2017 uma eventual derrota do governo implicaria, apenas, a transferência do Executivo para o vice – o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, está cada vez mais enfraquecido e dependente do respaldo crucial que recebeu, desde o começo de sua gestão, da Força Armada Nacional Bolivariana. Em um eventual e cada vez mais provável cenário no qual o chavismo continue no comando do Palácio de Miraflores até 2018, a influência dos militares no governo, segundo analistas será ainda maior.
Cada vez mais, fala-se no país em um “cogoverno” entre Maduro e o homem forte das Forças Armadas, o ministro da Defesa e chefe da recentemente criada Grande Missão de Abastecimento Soberano, general Vladimir Padrino López.
O futuro do presidente, para especialistas, depende quase exclusivamente da lealdade deste militar que iniciou sua ascensão na era Hugo Chávez (morto em 2013) e hoje sustenta o governo de seu sucessor. A figura de Padrino tem provocado polêmica entre os venezuelanos. Seus críticos o chamam nas redes sociais de “o ministro da fome”, pela escassez de alimentos. Seus seguidores dizem que ele é “o soldado mais forte” da revolução.