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Brasil Com recessão, saldo da balança comercial é o maior desde 2011

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O saldo das transações comerciais do Brasil com o resto do mundo somou 19,68 bilhões de dólares. Foi o maior valor para um ano fechado desde 2011. (Foto: Ana Carolina Fernandes/Folha Imagem)

Com a economia brasileira em recessão e com o dólar alto, as importações desabaram 24,3% em 2015 e, com isso, o superávit (exportações menos compras do exterior) da balança comercial brasileira registrou o maior valor em quatro anos, segundo números divulgados nesta segunda-feira (4) pelo MDIC (Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior).

No ano passado, o saldo das transações comerciais do Brasil com o resto do mundo somou 19,68 bilhões de dólares. Foi o maior valor para um ano fechado desde 2011, quando o superávit comercial somou 29,79 bilhões de dólares. Em 2012 e 2013, houve um saldo positivo de, respectivamente, 19,39 bilhões de dólares e de 2,28 bilhões de dólares. Em 2014, foi contabilizado um déficit (importações maiores do que vendas externas) de 4,05 bilhões de dólares (número revisado).

Conta petróleo também ajuda

Ainda segundo números oficiais, a melhora da balança comercial também foi influenciada pela queda do preço do petróleo. Como o Brasil mais importa do que vende petróleo ao exterior, o recuo do preço favorece a melhora do saldo comercial do País.

A conta que inclui petróleo, derivados e combustíveis, teve déficit de 5,73 bilhões de dólares em 2015, contra um resultado negativo de 16,93 bilhões de dólares em 2014. Somente este fator, portanto, foi responsável por uma melhora de 11,2 bilhões de dólares no saldo comercial no ano passado (47% da reversão do saldo comercial registrado em 2015).

Exportações e importações

No ano passado, as exportações somaram 191,13 bilhões de dólares, com média diária de 764 milhões de dólares (queda de 14,1% sobre 2014). Foi o menor valor, para um ano fechado, desde 2009 – pela média diária, fator considerado mais apropriado por especialistas.

Em 2015, recuaram as vendas de semimanufaturados (-7,9%) e de produtos básicos (-19,5%). E também de manufaturados, que tiveram um recuo de 8,2%.

As importações, por sua vez, somaram 171,45 bilhões de dólares no ano passado, ou 685 milhões de dólares por dia útil, uma queda de 24,3% em relação ao ano de 2014, segundo números oficiais. Também é menor valor, para um ano fechado, desde 2009.

A queda nas importações foi puxada por menores gastos com combustíveis e lubrificantes (-44,3%), matérias-primas (-20,2%), bens de consumo (-19,6%) e máquinas e equipamentos para produção (-20,2%).

Dezembro foi o melhor mês da história

Em dezembro do ano passado, segundo informou o Ministério do Desenvolvimento, as exportações superaram as importações em 6,24 bilhões de dólares. Foi o maior saldo mensal positivo para todos os meses, desde o início da série histórica da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), em 1989.

O resultado do mês passado foi influenciado pela “exportação” de uma plataforma de extração de petróleo, no valor de 818 milhões de dólares. Neste tipo de operação, que já foi realizada anteriormente, a plataforma não chegou, porém, a sair do Brasil.

Ela foi comprada de fornecedores brasileiros por subsidiárias no exterior e depois “internalizada” no Brasil como se estivesse sendo “alugada”, mesmo sem deixar o país fisicamente. Esse expediente – que é legal e está de acordo com as regras internacionais – permite às empresas do setor recolherem menos tributos. O processo é chamado de “exportação ficta”.

Compradores e vendedores

Segundo os números do governo, a China continuou sendo o maior comprador de produtos brasileiros no ano passado. Em 2015, o país asiático comprou 35,6 bilhões de dólares do Brasil, seguida pelos Estados Unidos (24,2 bilhões de dólares), Argentina (12,8 bilhões de dólares) e Países Baixos (10 bilhões de dólares).

Ao mesmo tempo, a China também foi o maior vendedor para o Brasil em 2015. No ano pasasdo, as importações do país asiático somaram 30,7 bilhões de dólares), seguido dos Estados Unidos (26,8 bilhões de dólares), da Alemanha (10,4 bilhões de dólares) e da Argentina (10,3 bilhões de dólares).

Estimativas do mercado e do BC para 2016

A expectativa do mercado financeiro para este ano, segundo pesquisa realizada pelo Banco Central com mais de 100 instituições financeiras na semana passada, é de melhora do saldo comercial. A própria autoridade monetária também prevê melhora no saldo comercial.

A previsão dos analistas dos bancos é de um superávit de US$ 35 bilhões nas transações comerciais do país com o exterior para 2016. Essa é a mesma previsão de saldo positivo do Ministério do Desenvolvimento para este ano. Já o Banco Central prevê um superávit da balança comercial de 30 bilhões de dólares para este ano, com exportações em 190 bilhões de dólares e compras do exterior no valor de 160 bilhões de dólares.

 

tags: economia

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https://www.osul.com.br/com-recessao-saldo-da-balanca-comercial-e-o-maior-desde-2011/ Com recessão, saldo da balança comercial é o maior desde 2011 2016-01-04
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