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Brasil O real é a moeda que mais se valorizou em relação ao dólar desde o início do ano. Já a Bolsa brasileira ostenta o segundo melhor desempenho global

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Em 2019, a moeda brasileira já acumula valorização de 4,3% ante o dólar. (Foto: Marcos Santos/USP Imagens)

O mercado financeiro tem dado sinais de alívio e otimismo com o Brasil. Neste ano, o real é a moeda que mais se valorizou em relação ao dólar, enquanto a bolsa brasileira ostenta o segundo melhor desempenho global.

Em 2019, a moeda brasileira já acumula valorização de 4,3% ante o dólar. Depois do real, o rublo, da Rússia (3,9%), e o rand, da África do Sul (3,6%), foram as moedas que mais se fortaleceram, segundo levantamento da agência de classificação de risco Austin Rating.

O dólar encerrou a semana negociado a R$ 3,7144.

Já a bolsa brasileira subiu 6,57%, o que significa um desempenho inferior apenas ao do índice Merval, da Agentina (11,95%), de acordo com a provedora de informações financeiras Economatica.

O Ibovespa, principal indicador da bolsa brasileira, a B3, fechou a semana a 93.658 pontos.

A valorização do real e a alta da bolsa são explicadas por fatores externos e internos. No cenário internacional, há uma redução nas tensões comerciais entre Estados Unidos e China e sinais de que os juros devem subir menos do que o esperado na economia norte-americana – taxas mais altas nos EUA têm potencial para atrair recursos aplicados em países emergentes.

“Se analisarmos o que ocorreu no ano passado, houve um aumento de juros nos Estados Unidos e o crescimento da tensão entre EUA e China. Naquele momento, as moedas de países emergentes estavam se desvalorizando mais”, afirma o economista-chefe da Austin Rating, Alex Agostini. “Agora, há uma mudança nesse grau de preocupação.”

Nas últimas declarações, o presidente do Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA), Jerome Powell, tem indicado uma política monetária mais branda para a economia norte-americana. Por ora, a expectativa majoritária é que os juros subam mais duas vezes neste ano. Em 2018, foram quatro altas.

“A expectativa ainda é de duas altas nos juros, mas existe até a possibilidade de o Fed fazer uma pausa no curto prazo”, afirma o economista da consultoria Tendências Silvio Campos Neto. “A economia dos EUA ainda cresce num ritmo bom, o mercado de trabalho segue aquecido, mas o cenário econômico norte-americano passa por um ajuste, com a possibilidade de desaceleração.”

Internamente, a expectativa é pela agenda econômica do novo governo, com o encaminhamento da reforma da Previdência. A reforma é considerada fundamental para o acerto das contas públicas. Sem ela, a percepção de risco do Brasil pode piorar, provocando uma fuga de investidores, desvalorização do câmbio e consequente impacto para inflação e juros.

“A composição da equipe foi bem recebida pelos investidores e, apesar dos desencontros dentro do governo, a sinalização é de que o governo vai enviar uma proposta firme para a Previdência”, diz Campos Neto.

Nesta semana, o ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou que a proposta de reforma da Previdência será enviada para o Congresso em fevereiro. O governo estuda um regime de capitalização e a adoção de idade mínima de 62 anos para homens e 57 anos para mulheres.

“Tudo ainda é muito recente. São só 11 dias do novo governo. Se o tempo for passando e as medidas não se concretizarem, o mercado pode fazer uma correção (desvalorização do real)”, afirma Agostini.

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