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Geral Comandante da Brigada Militar nega que agentes da Força Nacional não atuem na periferia

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O comandante do Policiamento da Capital, coronel Mário Ikeda. (Foto: Daniela Barcellos/Palácio Piratini)

O comandante do Policiamento da Capital, coronel Mário Ikeda, negou nesta quarta-feira (14) que agentes da FNS (Força Nacional de Segurança) não atuam nos bairros de Porto Alegre com índices elevados de criminalidade. Os 136 agentes nacionais efetuam prisões, apreendem armas e drogas, trabalham em todos os turnos e fazem policiamento ostensivo em áreas estratégicas, incluindo regiões de vulnerabilidade, segundo Ikeda, que coordena a operação entre BM (Brigada Militar) e FNS.

Um  balanço oficial dos indicadores de criminalidade será apresentado no final do mês para avaliar se a presença dos agentes de outros Estados resultou em redução de criminalidade.

O coronel explicou que a primeira semana de atividades foi dedicada apenas ao reconhecimento da cidade. “A partir da segunda semana, quando os agentes já estavam adaptados à cidade, as prisões se iniciaram e têm ocorrido diariamente, incluindo zonas periféricas e onde for necessário”, informou.

Outra dúvida da população era a de que os policiais não dariam voz de prisão. “Todos são policiais militares e, embora de fora do Rio Grande do Sul, têm o mesmo poder de polícia que os demais. A cada dia, eles prendem mais pessoas e apreendem armas e carros roubados”, esclareceu.

Tráfico e homicídios

O aumento da criminalidade está diretamente associado ao consumo de drogas e à disputa das facções. De acordo com Ikeda, os números de homicídios ligados ao tráfico são o principal problema de Porto Alegre, representando mais de 50% dos casos. “É o crime que mais incomoda a população, principalmente quando sai da periferia e vem para as áreas centrais. Observamos que tanto a vítima quanto o autor são criminosos reincidentes, com passagem pelo sistema prisional e que foram devolvidos à sociedade sem cumprir penas”, avaliou.

Vagas em prisões

Com base em estimativas do CNJ (Conselho Nacional de Justiça), que indicam que a reincidência criminal gira em torno de 70%, pode-se supor que sete em cada 10 criminosos liberados no sistema penitenciário voltam ao crime. Isto provoca o que a BM chama de retrabalho policial, um problema que gera prejuízos à sociedade, principalmente, em tempos de crise financeira.

Ikeda lembra que muitos deles voltam às ruas e acabam cometendo latrocínio. “É necessário mudarmos a legislação ou o cumprimento dela para que não tenhamos de sofrer com o retrabalho. É normal prendermos mais de uma vez delinquentes perigosos, incluindo vítimas e autores de homicídios. Isso cria sensação de insegurança e sentimento de impunidade.”

Sobre a necessidade de reformular o sistema carcerário, que sofre com a superlotação e falta de vagas, ele afirma que o problema chegou ao nível alarmante de manter presos em delegacias até que haja disponibilidade de vagas. “Tem momentos em que precisamos deixá-los aguardando dentro da viatura até que possamos encaminhá-los aos presídios.”

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