Acontece Combate ao preconceito é tema em projeto do Senac Comunidade. O objetivo é desconstruir todas as formas de preconceito e tornar as organizações mais inclusivas
Por Redação O Sul | 21 de fevereiro de 2019
O Dia Mundial da Justiça Social é comemorado anualmente no dia 20 de fevereiro. Essa data é de extrema importância para ajudar a fortalecer a luta contra a pobreza, exclusão, preconceito e desemprego, em busca do desenvolvimento social dos países. Alcançar a justiça social significa promover uma convivência pacífica e saudável entre as nações, eliminando barreiras do preconceito, seja por motivos de raça, etnia, religião, idade ou cultura.
O Senac Comunidade tem um projeto chamado Desconstrua, que objetiva desfazer preconceitos e promover a sociabilização de conhecimentos que colaborem com a gestão da diversidade nas organizações e, assim tornando-as um ambiente mais inclusivo e que possibilite o desenvolvimento de políticas para o acesso e a permanência de profissionais integrados a minorias.
O Projeto surgiu por meio de diálogos em maio de 2018 com uma turma de Aprendizagem Profissional Comercial em Serviços de Vendas. “A ideia foi desenvolvida em coletividade por meio de experiências pessoais vividas ou presenciadas e relatos profissionais de familiares e amigos que sofreram e sofrem situações de preconceitos em seus ambientes de trabalho”, explica o orientador de Educação Profissional do Senac Comunidade, Sandro Rodrigues da Silva.
Desde então, os alunos participantes estudam artigos, reportagens e cases do mercado de trabalho envolvendo situações de preconceito. Entre o conteúdo técnico do curso, que também prevê aulas de cidadania, diversidade e inclusão, os aprendizes debatem o código de defesa do consumidor e códigos de éticas das empresas e propõem sugestões de mudança na atitude e cultura das organizações.
Desde a primeira edição do Desconstrua o foco foi nos marcadores sociais das minorias, tipos de preconceitos sofridos na vida cotidiana e profissional, além de manifestações culturais de resistência como críticas sociais por meio de músicas, poemas, filmes, etc. Alguns dos temas trabalhados no projeto foram lesbofobia, homofobia, transfobia, racismo, machismo, sexismo, ageismo, xenofobia, etnocentrismo, bairrismo, femismo, misoginia, gordofobia, elitismo e preconceito contra PCD.
O Projeto, que se encontra na fase de desenvolvimento de sua terceira edição, ocorrerá na segunda semana de março deste ano e deverá se desenrolar durante dois meses. Ao final, um grande evento será organizado e durante cinco dias ocorrerão apresentações das conclusões para toda comunidade da escola e empresas convidadas. Toda execução do evento, desde a confecção de botons, camisetas, etc; até os debates e escolhas das pautas, vídeos, dinâmicas são escolhas dos 20 alunos e alunas. “Eles são o corpo e a mente do Projeto. Tudo é desenvolvido e executado por eles e elas. Contudo, toda escola Senac Comunidade envolve-se, seja assistindo aos debates e palestras ou apoiando nos processos de trabalho integrados à execução do Desconstrua”, explica Sandro.
O aluno Ryan Dias Mello, de 17 anos sente-se agradecido por fazer parte do Desconstrua. “Porque, além de tentarmos mudar um pouco o pensamento de cada um que nos assiste, a gente acaba se desconstruindo cada dia mais, batendo nessa tecla importante que é a desconstrução de todo tipo de preconceito”, afirma.
