Sexta-feira, 19 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 11 de janeiro de 2016
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
Com o fim do recesso, em fevereiro, serão retomadas cinco Comissões Parlamentares de Inquérito (CPIs) na Câmara dos Deputados e quatro no Senado. A dos Fundos de Pensão integra a lista, envolvendo Previ, Funcef, Postalis e Petros.
Por enquanto, o balanço é ruim: deputados e senadores gastaram 2 milhões e 400 mil de reais em 13 CPIs no ano passado. Para funcionar, são contratadas consultorias, pagas horas extras de servidores e passagens aéreas dos convidados a depor.
Não foram além de discussões que poderiam constar em páginas do noticiário policial, não político.
Há outro aspecto: na formação das CPIs, cada partido tem direito a espaço proporcional às suas bancadas. Significa que, antecipadamente, fica-se sabendo se o relatório final será aprovado ou não.
A cada nova CPI, a opinião pública costuma projetar resultados que o instrumento de investigação não consegue retribuir. Torna-se apenas uma vitrine dos parlamentares em busca de projeção momentânea.
Nenhum relatório final conseguiu acrescentar dados ao que a Polícia e o Ministério Público obtêm. Aliás, quem dá o fio condutor a deputados e senadores são as duas instituições que têm profissionais habilitados para o exercício competente da função. Na grande maioria, os parlamentares atuam como palpiteiros sobre fatos já conhecidos.
O nome pode mudar: de CPIs para CPTs (Comissões da Perda de Tempo).
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.