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Brasil Como causas para a perda de eleitores, a direção do PT cita a política econômica de Dilma e o avanço da extrema-direita no País

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Dono da maior bancada, PT diz em nota que presidente eleito estimula "o ódio, a intolerância e a discriminação". (Foto: Divulgação/PT)

Em um documento que será submetido à aprovação do seu diretório nacional, o PT avalia que perdeu apoio do eleitorado popular, especialmente nas Regiões Sul e Sudeste, por causa de fatores como a política econômica adotada no governo Dilma Rousseff (PT) e pela dificuldade em lidar com o arrebatamento de “corações e mentes” pelo que considera extrema direita.

O texto, que lamenta a “ocupação de territórios, corações e mentes pela extrema direita, por empresas disfarçadas de igrejas e pelo crime organizado”, traz pontos de autocrítica como a não realização de reformas estruturais nos governos petistas, por exemplo. Também prega oposição dura ao governo de Jair Bolsonaro (PSL).

O mesmo documento considera que houve insucesso no enfrentamento dos ataques ao PT relacionados ao tema da corrupção. “Ainda que nossos governos tenham aumentado os meios legais de combate à corrupção, os limites da participação popular, o adiamento da reforma política e a dependência em relação a partidos tradicionais se mantiveram”, afirma. A proposta de resolução política, escrita por um comitê de nove petistas, será votada pelo diretório nacional do PT em reuniões marcadas para esta sexta-feira e sábado.

O texto pede “um trabalho profissional de reconstrução da imagem” do partido. “Fomos vítimas de uma campanha de terrorismo cultural, que vai requerer um trabalho longo e paciente de enfrentamento, que começa por entender como o antipetismo se formou, seus diferentes componentes e como enfrentá-los”.

Alguns trechos não foram consenso entre o grupo e dependerão do aval da direção. Entre as partes em que houve desacordo na comissão, está uma crítica à campanha de Fernando Haddad (PT), que perdeu para Bolsonaro no segundo turno.

O texto diz que foi contraproducente reduzir a presença de Lula (PT) na campanha e fazer concessões ideológicas, como elogios à Operação Lava-Jato, imaginando que isso pudesse atrair eleitores de centro. Também nesse ponto, avalia que foi um erro abrir mão de partes do programa de governo, como o duplo mandato do Banco Central, ou seja, que a política monetária fosse voltada para geração de empregos além do controle da inflação, o que não é bem visto no mercado.

Apesar da derrota na eleição presidencial, “o partido está credenciado pelo resultado eleitoral para figurar na linha de frente da oposição”. “O Partido dos Trabalhadores sai inteiro da disputa e, por isso mesmo, continua a ser alvo principal de todos os que pretendem silenciar as classes trabalhadoras”, diz o texto. Que prossegue defendendo a tese de que a prisão de Lula teve o objetivo de tirá-lo da eleição e que isso viabilizou Bolsonaro. Diz que o ex-presidente segue como principal líder da esquerda, mas afirma que Haddad “se projeta como uma nova liderança nacional”.

“Lula mais uma vez esteve no centro da disputa eleitoral, política e ideológica. Passada a eleição, Lula segue como a principal liderança viva da esquerda brasileira”, afirma o documento.

Bolsonaro

Para o PT, Bolsonaro foi eleito em uma disputa “maculada pela interdição da candidatura Lula, pela fraude, pela desinformação que atingiu em cheio a consciência da população, deformando-a, e por vícios e irregularidades, inclusive pagamentos ilegais para difundir fake news [notícias falsas] criminosas”.

A proposta do comando da legenda é formar uma unidade no campo da esquerda, com partidos que defenderam a democracia e os direitos sociais no segundo turno. “O PT buscará a discussão imediata com esses partidos em torno de um programa comum. Essa é a unidade fundamental a ser buscada e ela permite ter a necessária flexibilidade para alianças mais amplas em defesa dos direitos civis e liberdades democráticas.”

O documento afirma que partidos como o PSDB estimularam posições que considera de extrema-direita e depois responsabilizaram o PT pela ascensão bolsonarista. Aliados contrários ao impeachment de Dilma também haviam culpado o PT pela queda da então presidenta, em 2016: “Somam-se a eles políticos oponentes ao golpe, que duvidavam da força do PT, imaginavam chegar ao segundo turno e, frustrados, tentam ‘culpar’ nosso partido pela performance obtida”.

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