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Economia Como vai ficar o dólar? Veja a estimativa dos bancos

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Montante chegou a quase US$ 245 milhões em agosto. (Foto: Reprodução)

As dúvidas em relação ao perfil econômico do presidente a ser eleito em outubro estão fazendo com que bancos e consultorias produzam estimativas muito díspares para o dólar até o final deste ano. Alguns bancos, como o Bank of America Merrill Lynch e o Haitong, estão inclusive traçando dois cenários, com eleição de um presidente reformista e outro com um candidato menos alinhado às ideias do mercado financeiro. Nesses dois extremos, as estimativas para o dólar variam de R$ 3,40 até R$ 5,50, uma variação de 39% entre a máxima e a mínima.

O cenário eleitoral é, na visão dos economistas do banco Haitong, o principal fator de pressão sobre o dólar neste momento. A incerteza em relação às propostas econômicas de quem for eleito fez o banco traçar dois cenários para o câmbio. No primeiro, a divisa americana encerra 2018 num patamar próximo de R$ 3,40. Para que isto aconteça, o banco prevê que a vitória na eleição seja de um candidato reformista, seja ele quem for.

“O nome não importa, desde que o mercado tenha a percepção que as reformas vão ser retomadas”,  diz o economista senior do Haitong, Flávio Serrano. No segundo cenário, a moeda americana subiria até R$ 4, com a vitória de um candidato não reformista.

Serrano observa que em março o dólar estava flutuando em torno de R$ 3,30. Com a expectativa de que os juros nos Estados Unidos subissem, o que fato aconteceu naquele mês e depois novamente em junho, a moeda americana começou a se valorizar e chegou a um patamar mais próximo e R$ 3,50. Esse movimento também foi verificado no exterior, onde a moeda americana se valorizou frente a outras divisas de países emergentes.

“Hoje o dólar estrutural está entre R$ 3,50 e R$ 3,60. O percentual que a moeda americana subiu acima disso pode ser atribuído às incertezas trazidas pelo cenário eleitoral. Por isso, se tivermos a a eleição de um presidente de perfil reformista, a tendência é que ele volte a este nível ou até abaixo disso”, diz Serrano.

Para ele, novas altas nos juros americanos (pelo menos mais duas) já estão precificadas, com as taxas dos tresures chegando a 3%, com mais duas altas este ano. Portanto, este não é o fator principal de pressão sobre a divisa por aqui. Nem mesmo a guerra comercial entre EUA e China, na avaliação de Serrano, tem poder para levar o dólar às alturas. “A guerra comercial cria ruído, mas hoje é a incerteza eleitoral que está impulsionando a moeda”, diz o economista.

O Bank of America Merrill Lynch também tem dois cenários para o dólar no início de 2019. No primeiro, e mais pessimista, a divisa americana suburia até R$ 5,50, com vitória de um candidato contrário ao mercado e com problemas de governabilidade, causando a deterioração das condições econômicas. No cenário mais otimista, a vitória seria de um presidente que siga com a agenda de reformas, com foco na Previdência, e tenha governabilidade alta.

“Neste cenário, O PIB (Produto Interno Bruto) aceleraria para 4% em 2019, com inflação baixa e a Selic permanecendo abaixo dos 7% . Nesse caso dólar ficaria em R$ 3,65 no fim do ano, caindo para R$ 3,30 em 2019. No cenário mais pessimista, o PIB cresceria 0,8% neste ano, com a volta da recessão em 2019, com uma queda de 1% do PIB. A Selic voltaria para um patamar de dois dígitos, a inflação estouraria os 6% definidos como teto de meta e o dólar chegaria a R$ 5,50″, escreveram os analistas David Beker e Ana Madeira no relatório.

Segundo eles, “o ruído político associado ao ciclo eleitoral deve se intensificar nos próximos meses, adicionando riscos ao processo de retomada econômica”.

O banco JPMorgan elevou suas projeções para o dólar nesta semana. Para dezembro, o banco aumentou de R$ 3,60 para R$ 3,80, mas, em relatório, ressalta que a moeda americana pode bater em R$ 4 no fim de setembro, às vésperas da eleição. Nas palavras do JP, a disputa pela Presidência é “altamente incerta” e “sem previsibilidade”.

Segundo Lucas Vilela, economista do Credit Suisse, que pontua que a magnitude da depreciação do real neste ano é uma das mais altas já observada em anos eleitorais, perdendo apenas para 2002, os modelos estatísticos rodados pelo banco mostram que metade da depreciação observada de dezembro para cá se deve a fatores internos.

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https://www.osul.com.br/como-vai-ficar-o-dolar-veja-a-estimativa-dos-bancos/ Como vai ficar o dólar? Veja a estimativa dos bancos 2018-07-19
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