Quinta-feira, 18 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 30 de setembro de 2016
Ao completar nesta sexta-feira (30) um mês no comando da Presidência, Michel Temer está com viagem marcada para sua primeira visita à Argentina desde que virou presidente da República com o impeachment de Dilma Rousseff.
O peemedebista, que já viajou à China e aos Estados Unidos no curto período no qual deixou de ser interino para virar presidente efetivo, embarcará na manhã de segunda-feira (03) para o vizinho sul-americano, principal parceiro econômico do Brasil na região e o terceiro maior no mundo.
Na esteira da viagem a Buenos Aires, o presidente emendará uma visita ao Paraguai, país que o apoiou desde que ele assumiu o Palácio do Planalto interinamente. Ministros do governo Temer e parlamentares que integram a base de apoio do peemedebista no Congresso Nacional acompanharão o presidente na Argentina. No entanto, segundo o Itamaraty, o ministro das Relações Exteriores, José Serra, estará ao lado do chefe do Executivo nas duas paradas do pequeno périplo pela América do Sul.
Na capital argentina, Temer terá seu primeiro encontro oficial com o presidente Maurício Macri. Sucessor de Cristina Kirchner – antiga aliada dos governos petistas –, Macri não se posicionou contra o impeachment de Dilma, ao contrário de outros líderes sul-americanos, como Nicolás Maduro, da Venezuela, Evo Morales, da Bolívia, e Rafael Correa, do Equador.
Entre os temas que deverão ser abordados por Temer e Macri, informou o governo brasileiro, estão a atual situação interna do Mercosul, acordos internacionais do bloco sul-americano, o contexto político na Venezuela e a Ata Para Integração Brasileiro-Argentina, acordo assinado em 1986, que trata da integração e cooperação econômica entre os dois países.
Na balança comercial brasileira, a Argentina está atrás somente de Estados Unidos e China. De acordo com dados do Itamaraty, o fluxo comercial entre os dois países sul-americanos (soma das exportações mais as importações) chegou a US$ 23 bilhões em 2015 e a US$ 14 bilhões até agosto deste ano. (AG)