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Geral A comunidade brasileira na Flórida vê com preocupação a chegada do furacão Irma, que se aproxima dos Estados Unidos

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(Foto: Joe Burbank/AP Photo)

A comunidade brasileira na Flórida vê com preocupação a chegada do furacão Irma, que se aproxima dos EUA. A população já encontra dificuldades para comprar artigos básicos para estocagem nessas situações, como água, alimentos enlatados, gasolina, além de enfrentar grandes filas em supermercados. O clima entre os brasileiros, principalmente aqueles que enfrentam a situação pela primeira vez, é de incerteza e temor, alguns preferindo deixar suas cidades em busca de abrigo mais ao norte.

Há dois anos morando na Flórida, Cristiane Dias pode enfrentar “seu primeiro furacão”. Ela conta que está apreensiva com a experiência. Uma das suas maiores preocupações é o quanto sua casa pode ser afetada: com o marido, vive num apartamento do térreo de um prédio no condado de Browart. Uma das portas é vidro, o que limita as opções para se proteger de eventuais enchentes.

Uma parte da região já recebeu ontem a ordem para que os moradores deixem as casas. Mas Cristiane não pode abandonar tudo: ela não tem parentes em outros estados para recebê-la nem dinheiro para a viagem. Enquanto isso, se prepara do jeito que pode.

“Separei os documentos em bolsas impermeáveis para não molhar. Vou sair atrás de mantimentos, como comida enlatada e biscoitos. A grande dificuldade é abastecer o carro e comprar água. Já fui a vários mercados e não consegui”, contou ao jornal O Globo por telefone.

Longas filas

O cenário nas lojas é de caos. Os postos de gasolina têm filas quilométricas. E muitas pessoas querem comprar churrasqueiras a gás, porque os cortes de luz podem impedir usar os fogões elétricos por dias.

“Muitos aqui nunca viveram um furacão e acham que é algo sem muita importância. Mas vemos o estrago no Texas. Tudo pode acontecer.”

Para Adriano dos Santos, de 27 anos, que mora em Deerfield Beach, a situação também é muito preocupante.

“Eu, minha mulher e os três filhos estamos muito assustados. É o maior furacão que eu já vi noticiarem aqui pela Flórida. Estava aqui durante o Wilma, mas o Irma parece ser o mais forte até agora.”

Adriano, que trabalha com vendas de carro e mora na Flórida há mais de dez anos, já encontra dificuldades em conseguir estocar artigos de sobrevivência. Ontem, foi preciso acordar de madrugada e esperar cinco horas na fila do supermercado até que conseguisse comprar alimentos e três fardos de garrafa d’água, o máximo permitido pelas autoridades a cada família.

Ainda que a situação seja difícil, Adriano tem fé de não ter que abandonar sua casa.

“Nosso plano é vedar a casa, nos trancarmos no banheiro e rezar esperando que a tempestade passe sem levantar o telhado. Minha casa é própria e devo cuidar dela. Em último caso, se houver inundação, já que moramos em uma área de risco, bem perto da praia, seguiremos para o Norte do país.”

Saída

Para outras pessoas, no entanto, a possibilidade de sair da cidade e rumar para áreas mais seguras falou mais alto. Essa foi a opção do engenheiro Paulo Renato Rey, que mora em Miami há dois anos. Os noticiários e alertas convenceram ele e a família a alugarem uma casa em Orlando.

“Preferimos não arriscar, já que a situação é bastante preocupante. Moramos de frente à praia, é uma área de grande risco para alagamentos. Podemos ficar sem energia, sem acesso a comida, sem nenhuma forma de sacar dinheiro ou sair de casa. Por mais que Orlando ainda possa ser atingida, a tempestade terá muito menos força quando chegar lá.”

O brasileiro de 55 anos que mora com mulher e filha destaca a presença do governo no apoio aos cidadãos. Desde que o alerta da tempestade foi dado, Paulo Renato diz que a quantidade de informações e avisos dados pelas autoridades ajuda bastante a acalmar os ânimos.

“Chama a atenção a cultura do furacão que as pessoas têm aqui. O governo está bastante presente nisso tudo, dando todas as dicas, dizendo o que é preciso estocar, onde é preciso ir, etc. Gosto muito de uma frase que usam: ‘Nós podemos reconstruir sua casa, mas não a sua vida’.” (AG)

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