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Por Redação O Sul | 9 de agosto de 2018
Condenada a 39 anos de prisão por matar os pais, Suzane von Richthofen deixou a Penitenciária Santa Maria Eufrásia Pelletier, em Tremembé (SP), nesta quinta-feira (09), para a saída temporária do Dia dos Pais.
A saída é um benefício concedido aos presos do regime semiaberto que têm bom comportamento. Suzane deixou a prisão às 8h10min e foi recepcionada pelo namorado com um beijo. Depois, seguiu rapidamente com ele até um carro e deixou o local. Ela deve retornar à cadeia na segunda-feira (13).
Suzane obteve a progressão do regime fechado para o semiaberto em outubro de 2015. A primeira saída dela aconteceu em março de 2016, na Páscoa. Atualmente, a assassina tenta a progressão para o regime aberto, quando poderá deixar a prisão e cumprir o restante da pena em liberdade, mas sob a supervisão do sistema prisional. O pedido corre na Justiça há cerca de um ano e não há prazo para que a decisão seja tomada.
Além de Suzane, outras detentas também deixaram o presídio para a saída temporária, entre elas Anna Carolina Jatobá, condenada pela morte da menina Isabela Nardoni, sua enteada. Anna e o marido, Alexandre Nardoni, que também está preso em Tremembé, pediram a redução da pena ao STF (Supremo Tribunal Federal). Ele foi condenado a 30 anos e dois meses de prisão, enquanto a madrasta da menina teve como pena 26 anos e oito meses de cadeia. Os dois aguardam a análise do pedido.
Filme
Os acontecimentos que envolvem o crime e o julgamento de Suzane Von Richthofen serão retratados no filme “A Menina que Matou os Pais”, informou a distribuidora Vitrine Filmes. Ela e os irmãos Cravinhos são réus confessos do assassinato de Manfred e Marísia von Richthofen, pais de Suzane, em outubro de 2002.
O episódio é um dos mais lembrados casos policiais do Brasil. As filmagens devem começar ainda no segundo semestre deste ano. A estreia está prevista para 2019. Mauricio Eça (“Apneia” e “Carrossel”) assina a direção. Em um comunicado, ele disse que o filme será um “thriller psicológico de suspense”, que abordará os motivos em torno do crime com “detalhes e discussões nunca antes debatidos sobre o caso”. “O filme traz um tema que muita gente conhece e tem ideias preconcebidas, mas as pessoas não sabem o mais importante, que é o motivo que levou a filha a, junto com seu namorado, matar os pais.”
O roteiro é assinado pela criminóloga Ilana Casoy, autora do livro “O Quinto Mandamento” (Arx, 2006), que reconstitui o assassinato dos Richthofen, e pelo escritor de literatura policial Raphael Montes. A pesquisa para a construção da história durou cerca de seis meses e analisou arquivos públicos do julgamento, desde o assassinato até a condenação. Diretor, produtora e distribuidora estão realizando testes para escolher o elenco do filme.