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Brasil Apesar de ser condenado a 181 anos de prisão por estuprar pacientes, o ex-médico Roger Abdelmassih deixa hospital em São Paulo e segue para prisão domiciliar

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Abdelmassih foi condenado a mais de 200 anos pelo estupro de 37 pacientes entre 1995 e 2008. (Foto: Reprodução)

De ambulância, o ex-médico Roger Abdelmassih deixou no fim da noite desta sexta-feira (23) o hospital São Lucas em Taubaté (SP) e seguiu para a capital paulista, onde irá cumprir prisão domiciliar. Ele chegou à sua casa, em Pinheiros, Zona Oeste de São Paulo, no início da madrugada deste sábado (24). Abdelmassih foi condenado a 181 anos de prisão por estuprar pacientes.

O ex-médico deixou o hospital no interior de São Paulo por volta de 23h, em uma ambulância particular, que pertence a uma empresa de remoção hospitalar. Ele deve seguir o tratamento de saúde em casa, onde é monitorado por meio de uma tornozeleira eletrônica.

Na quarta-feira (21), uma decisão da Justiça determinou que Abdelmassih cumprisse a pena em casa por causa de problemas de saúde. Ele não deixou imediatamente o hospital porque, segundo a reportagem apurou, terminava um tratamento contra uma bactéria que havia contraído e estava com infecção urinária.

O médico de 74 anos tenta, desde outubro de 2016, o indulto humanitário, apontando que sofre de graves doenças, entre elas enfermidades do coração. A defesa pedia que, caso não fosse dado o indulto, que a Justiça concedesse a prisão domiciliar. Ele estava cumprindo pena na Penitenciária 2, em Tremembé, desde 2014, mas foi internado no dia 18 de maio no hospital de Taubaté com broncopneumonia, que é uma inflamação dos pulmões.

Na decisão, a Justiça negou o indulto – que é uma forma de extinção da pena –, mas concedeu a prisão domiciliar, justificando que o quadro de saúde dele se agravou nos últimos meses e que Abdelmassih precisa de cuidados constantes, que não poderiam ser oferecidos no presídio.

Assim, o ex-médico poderá cumprir a pena em casa, sendo liberado para tratamento médico em unidades hospitalares que escolher, com a prévia autorização judicial. Ele deve usar tornozeleira eletrônica e não pode deixar, sem autorização, a cidade de moradia que indicar à Justiça. Ele terá que passar por perícia médica a cada três meses, ou em menos tempo se a Justiça determinar, para avaliar o quadro de saúde. Caso tenha condições, ele deverá retornar à prisão.

Histórico

Roger, que era considerado um dos principais especialistas em reprodução humana no Brasil, foi condenado a 278 anos de reclusão em novembro de 2010. Foram considerados 48 ataques a 37 vítimas entre 1995 e 2008. Abdelmassih não foi preso logo após ter sido condenado porque um habeas corpus do STJ (Superior Tribunal de Justiça) dava a ele o direito de responder em liberdade.

O habeas corpus foi revogado pela Justiça em janeiro de 2011, quando ex-médico tentou renovar seu passaporte, o que sugeria a possibilidade de que ele tentaria sair do Brasil. Como a prisão foi decretada e ele deixou de se apresentar, passou a ser procurado pela polícia. Em 24 de maio de 2011, o Conselho Regional de Medicina de São Paulo cassou o registro profissional de médico de Abdelmassih.

Após três anos foragido, quando chegou a ser considerado o criminoso mais procurado de São Paulo, Abdelmassih foi preso no Paraguai pela Polícia Federal, em 19 de agosto de 2014. Em outubro daquele ano, a pena dele foi reduzida para 181 anos, 11 meses e 12 dias, por decisão judicial. Entretanto, pela lei brasileira, nenhuma pessoa pode ficar presa por mais de 30 anos. (AG) 

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