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Política Condenado pelo caso do apartamento triplex, Lula é réu em mais quatro ações da Operação Lava-Jato

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Uma denúncia diz que Lula teria interferido na compra de 36 caças suecos Gripen pelo governo brasileiro. (Foto: Divulgação)

Condenado nessa quarta-feira a nove anos e meio de prisão pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva é réu em outras quatro ações penais, duas pela Operação Lava-Jato, uma pela Operação Janus e uma pela Operação Zelotes.

Reforma do triplex

A única condenação até agora contra Lula diz respeito ao processo ao qual o ex-presidente respondia na Justiça Federal de Curitiba por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, pelo recebimento de propina da empreiteira OAS. Segundo a denúncia do Ministério Público Federal, a soma da vantagem indevida seria de R$ 3,7 milhões, como contrapartida por três contratos entre a OAS e a Petrobras. O valor, no entanto, não teria sido pago em espécie, mas por meio da reforma feita em 2009 em um triplex localizado no edifício Solaris, no Guarujá, no litoral de São Paulo, além do armazenamento de bens do ex-presidente em um depósito pago pela empreiteira – o juiz Sergio Moro, porém, absolveu Lula quanto ao armazenamento de bens.

Compra de silêncio

A primeira vez em que Lula se tornou réu no âmbito da Lava-Jato foi em julho de 2016. Na ação, o ex-presidente foi acusado de tentar obstruir a Justiça pela compra do silêncio do ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró, que é um dos delatores do esquema de corrupção na Petrobras. Para impedir que ele delatasse integrantes do governo, a família de Cerveró teria recebido R$ 250 mil a pedido de Lula. A denúncia da Promotoria República no Distrito Federal foi aceita pelo juiz federal Ricardo Augusto Leite, de Brasília.

Favorecimento para a Odebrecht

A terceira vez em que Lula se tornou réu foi em outubro de 2016. Dessa vez, pela Operação Janus, um desdobramento da Lava-Jato em Brasília. De acordo com a denúncia, o ex-presidente teria usado sua influência junto ao BNDES e a outros órgãos para favorecer a Odebrecht em contratos e obras de engenharia em Angola. Em troca, a Odebrecht teria pago propina de cerca de R$ 30 milhões. Os valores teriam sido repassados como pagamentos de palestras de Lula e de contratos de fachada (sem prestação de serviço) com uma empresa que tinha como sócio Taiguara Rodrigues dos Santos, sobrinho da primeira mulher de Lula.

Compra de caças

Lula se tornou réu pela quarta vez em dezembro de 2016. No âmbito da Operação Zelotes, ele é acusado pelos crimes de tráfico de influência, lavagem de dinheiro e organização criminosa. Mais uma vez, a denúncia foi oferecida pela Procuradoria da República no Distrito Federal e aceita pelo juiz Vallisney de Souza Oliveira. A denúncia diz que Lula teria interferido na compra de 36 caças suecos Gripen pelo governo brasileiro, além de ter atuado para prorrogar uma medida provisório que concedia incentivos fiscais para montadoras de veículos.

Propina para sede de instituto

Também em dezembro de 2016, o juiz Sérgio Moro aceitou a quinta denúncia contra Lula e terceira no âmbito da Lava-Jato. Na denúncia, o ex-presidente é acusado pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro em contratos firmados entre a Petrobras e a Odebrecht. Segundo o MPF, o petista teria recebido propina da empreiteira por intermédio do ex-ministro da Fazenda Antonio Palocci, também réu na ação, junto a Marcelo Odebrecht e a outras cinco pessoas. Os procuradores afirmam que parte do dinheiro, R$ 12,4 milhões, foi usado para comprar um terreno, que seria usado para a construção de uma sede do Instituto Lula.

 

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https://www.osul.com.br/condenado-pelo-caso-apartamento-triplex-lula-e-reu-em-mais-quatro-acoes-da-operacao-lava-jato/ Condenado pelo caso do apartamento triplex, Lula é réu em mais quatro ações da Operação Lava-Jato 2017-07-12
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