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Brasil Condenados, os doleiros delatores podem voltar ao Uruguai no ano que vem

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Claret, na foto, e Barboza detalharam em delação premiada como funcionava um sistema que reunia doleiros de todo o País que movimentou cerca de US$ 1,6 bilhão envolvendo mais de 3.000 offshores em 52 países. (Foto: Reprodução da TV)

Os doleiros Vinicius Claret e Cláudio Barboza, delatores da Operação Câmbio, Desligo, foram condenados nesta terça-feira (3) em razão do processo da Operação Eficiência, em que também foram sentenciados o empresário Eike Batista e o ex-governador do Rio Sérgio Cabral (MDB).

A pena calculada pelo juiz Marcelo Bretas seria de 41 anos e sete meses para cada um dos doleiros. Mas em razão do acordo de colaboração premiada fechada com o Ministério Público, a punição foi estabelecida em 18 anos de reclusão

Ex-funcionários de Dario Messer, apontado como o maior doleiro do País, os dois já cumpriram o período de um ano e dois meses em regime fechado previsto no acordo. Estão atualmente em regime domiciliar fechado até novembro.

Após outros seis meses no semiaberto, a dupla poderá voltar ao Uruguai em 2019, caso as autoridades daquele país aceitem acompanhar o cumprimento da pena.

A dupla passou a morar lá em 2003, de onde passaram a tocar as operações de câmbio ilegal feitas no Brasil. Foram presos em março do ano passado e extraditados para o Brasil em janeiro.

Os dois se comprometeram também a dar cursos por seis anos ao Ministério Público Federal sobre técnicas de lavagem de dinheiro e operação de câmbio ilegal. Pagaram, cada um, uma multa de R$ 800 mil.

Claret e Barboza detalharam em delação premiada como funcionava um sistema que reunia doleiros de todo o País que movimentou cerca de US$ 1,6 bilhão (o equivalente a cerca de R$ 5,3 bilhões) envolvendo mais de 3.000 offshores em 52 países.

O acordo da dupla levou à operação que teve como alvo 54 doleiros e operadores financeiros em todo o País.

Eles foram presos em março do ano passado no Uruguai em decorrência da Operação Eficiência, feita com base na delação dos irmãos Renato e Marcelo Chebar, apontados como operadores e laranjas de Cabral.

Os Chebar afirmaram, também em delação, que recorreram aos funcionários de Messer quando Cabral assumiu o governo estadual, em 2007, o que aumentou o ingresso de recursos ilegais.

Claret e Barboza foram citados como tendo auxiliado na evasão de US$ 85,4 milhões de Cabral (equivalente a mais de R$ 282,4 milhões) — o que agora revela-se ser apenas uma fração de toda operação da dupla.

Em razão de sua prisão ter ocorrido numa operação da Lava-Jato do Rio, eles acabaram identificados como “doleiros do Cabral”, embora tenham se conhecido de fato apenas na cadeia pública José Frederico Marques, em Benfica, para onde foram levados em janeiro após serem extraditados do Uruguai.

Claret e Barboza operavam tanto contas no exterior como era capaz de fornecer dinheiro vivo para corruptores interessados em pagar as quantias a agentes públicos. Concentravam, assim, as duas pontas da operação dólar-cabo, usada para despistar as autoridades financeiras do País.

Assim como a Odebrecht, o sistema “bankdrop” dos doleiros identificava os responsáveis pelas transações por apelidos. Os irmãos Chebar, por exemplo, receberam o nome de “Curió”.

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https://www.osul.com.br/condenados-os-doleiros-delatores-podem-voltar-ao-uruguai-no-ano-que-vem/ Condenados, os doleiros delatores podem voltar ao Uruguai no ano que vem 2018-07-03
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