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Esporte Confederações olímpicas têm controle falho de doping

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Fabiola Molina, suspensa por seis meses por uso de metilhexaneamin. (Foto: Lavandeira Jr./Efe)

A menos de 14 meses do início dos Jogos do Rio-2016, o Brasil voltou a ter um laboratório credenciado pela Agência Mundial Antidoping.

Apesar disso, o controle de substâncias proibidas ainda é tratado precariamente pela maioria das entidades esportivas nacionais, a quem ainda cabe efetuar a maior parte das análises a respeito.

O jornal Folha de S.Paulo enviou questionário com seis perguntas sobre prevenção e combate ao doping às 28 confederações esportivas brasileiras com modalidades no programa da Rio-2016. Dessas, 23 responderam à reportagem.

Delas, 17 (ou 74%) não contam com departamento específico de combate ao doping, que sirva para organizar programa de controles e educar atletas. Mais da metade admitiu não ter nem ao menos um médico responsável por questões relativas ao tema.

O resultado é que exames promovidos pelas confederações acabam sendo escassos – ou mesmo inexistentes.

Responsável pelo esporte que mais deu medalhas olímpicas ao país, a Confederação Brasileira de Judô conduziu oito testes em 2014, em atletas da equipe nacional adulta ou em seletivas nacionais.

A situação se agrava quando observadas as de menor porte: golfe, tiro com arco, pentatlo moderno e triatlo, por exemplo, não fazem exames antidoping

Além disso, das 23 consultadas, 13 (ou 56%) não condizem testes fora de competições, tidos como mais eficazes no combate às trapaças.

Há entidades, como a de atletismo e a de natação, que têm estrutura específico e promovem centenas de verificações anualmente.

A CBDA (Confederação de Desportos Aquáticos) vê profusão de casos positivos na natação, seu carro -chefe. De 2001 a 2014, o país quantidade inferior só à da China.

O episódio mais recente envolve João Gomes Jr., que participou de três revezamentos que ganharam medalha de ouro no Mundial em piscina curta (25 m) de Doha-2014, está suspenso atualmente.

Sete entidades afirmaram ter tido atletas punidos durante o atual ciclo olímpico (iniciado depois dos Jogos de Londres-2012) devido ao uso de substâncias ilegais.

Mudança

Segundo Marco Aurelio Klein, secretário nacional para a ABCD (Autoridade Brasileira de Controle de Dopagem), reconheceu a gravidade da situação e disse que a operação antidoping no país deve mudar em breve.

O Brasil ficou de agosto de 2013 a maio passado sem um laboratório credenciado pela Wada –que descredenciou o então Ladetec por causa de irregularidades. A licenção foi reconquistada há um mês.

“Parte da exigência da Wada para reacreditar o laboratório brasileiro é que a ABCD seja a única autoridade de controle de dopagem no país, e isso foi levado ao ministro [do Esporte, George Hilton].”

Com isso, o órgão, criado em 2011 e que tem orçamento de R$ 14 milhões para este ano, vai tirar a obrigação das confederações de testar seus atletas –o que ocorre atualmente. “Isso precisa ser imediato”, complementou.

Ele, porém, afirmou que será importante que toda confederação tenha ao menos uma pessoa para fazer interlocução com a ABCD.

O órgão quer fazer 2.500 testes antidoping neste ano – entre sangue e urina, quase metade fora de competição –, a maioria a partir de junho. “É praticamente o triplo do que se faz atualmente pelas confederações brasileiras, se não levarmos em conta o que é feito no futebol”, disse. (Marcel Merguizo, Paulo Conde e Rafael Reis/Folhapress)

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https://www.osul.com.br/confederacoes-olimpicas-tem-controle-falho-de-doping/ Confederações olímpicas têm controle falho de doping 2015-06-15
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