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Armando Burd Confiança e cobrança

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Neste 2º turno foram 39 votos favoráveis e 13 contrários (Foto: Galileu Oldenburg/AL-RS)

Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.

Os discursos dos deputados do PT na tribuna da Assembleia Legislativa, ontem à tarde, para dizer que votariam a favor da manutenção do aumento do ICMS, demonstraram o crédito de confiança que o futuro governador Eduardo Leite conseguiu, a partir de encontros com a bancada. Uma prática que os anteriores não tiveram.

Os compromissos que ele assumiu, porém, serão cobrados insistentemente. Mais: o PT exigirá o envio de projetos para promover o redesenho do Estado, que hoje enfrenta a maior crise de sua história.

Tamanho da conta

O argumento de que o Estado pararia sem os 3 bilhões de reais adicionais na arrecadação do ICMS garantiu a aprovação do projeto com 40 votos favoráveis e dez contrários. Os graves problemas existem e o déficit de 7 bilhões e 400 milhões no orçamento de 2019 sintetiza tudo. Porém, se o rombo subisse, o mundo não viria abaixo. A velha técnica do jeitinho resolveria, como vem acontecendo há muito tempo.

Chega de ficar longe

O que não dá para aceitar é que os contribuintes de impostos continuem sendo meros espectadores da elaboração do orçamento. Desconhecem números e detalhes. A formatação é complicada para que poucos entendam e o acesso se torne difícil. Portanto, quem paga e sustenta a máquina pública não acompanha e muito menos autoriza. Essas prerrogativas são dos técnicos que detêm o poder. Os mesmos que nos levaram para o fundo do poço.

Dificultam

Todos reconhecem no Rio Grande do Sul é um Estado evoluído. Tem as melhores universidades do País, capacidade de organização de entidades representativas, formação política e cultura privilegiada. Quando se trata da definição dos rumos a serem dados ao dinheiro que recolhe dos contribuintes, continua na era das cavernas.
É uma situação que não pode se perpetuar. O futuro governo demonstrará sensibilidade, entrando na história, se abrir uma brecha para a sociedade.

Costura que falta

Após o presidente do PP gaúcho, Celso Bernardi, ter declarado que não pretende concorrer à reeleição, começa a ser articulada a candidatura do ex-vereador Kevin Krieger, integrante do atual comando, à sucessão. Precisará conquistar apoios como do senador eleito Luis Carlos Heinze, que se tornou a maior liderança do partido, por força do voto. A lista inclui o vice-prefeito de Porto Alegre, Gustavo Paim, e o prefeito de Esteio, Leonardo Pascoal, além de deputados estaduais que se consideram excluídos de conversas sobre a participação no futuro governo estadual.

Guerra de versões

A Assessoria de Comunicação de Jair Bolsonaro cogita lançar um boletim diário para desmentir notícias falsas que desde já circulam em alguns veículos de comunicação e, sobretudo, nas redes sociais. Em transmissão ao vivo, ontem, o futuro presidente dedicou a parte inicial do pronunciamento para corrigir o que circulou como sendo verdadeiro.

Fórmula de consenso

Os deputados estaduais sabiam das dificuldades que enfrentariam se aprovassem os reajustes para servidores da Assembleia Legislativa, do Tribunal de Contas, do Ministério Público, da Defensoria Pública e do Judiciário. O grande contingente, concentrado no Executivo, e que ficaria fora, provocaria confusões incontroláveis. Por isso, houve acordo em reunião da mesa diretora, deixando os projetos para o final da pauta. Votados os primeiros projetos, bastou retirar o quórum para adiar a decisão.

Dois cenários

Enquanto Eduardo Leite garante maioria, a Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro vota hoje projetos de emendas ao orçamento que impedirão o futuro governador Wilson Witzel de manejar recursos de uma secretaria para outra. Inviabilizará a gestão.

Querem abrir a torneira

Torcedores correm riscos provocados pelos que se embebedam fora e provocam brigas durante os jogos. Ontem, a Assembleia Legislativa aprovou projeto que libera a venda de álcool dentro dos estádios. O argumento de que os clubes precisam de dinheiro é verdadeiro. Porém, afastará o público, como ocorria até 2008, quando a proibição entrou em vigor. Caberá agora ao governador José Ivo Sartori afastar com um chutão o projeto de lei que cairá em sua mesa para sanção.

Quem paga a conta?

Na última semana de votações, legislativos de quase todo o País gostam de protagonizar cenas do filme “A Qualquer Preço”.

Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.

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https://www.osul.com.br/confianca-e-cobranca/ Confiança e cobrança 2018-12-19
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