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Brasil Índios e a polícia legislativa da Câmara dos Deputados entram em confronto

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(Foto: Rodolfo Stuckert/Câmara dos Deputados)

Índios usaram pedras e paus para tentar forçar a entrada no Anexo III da Câmara dos Deputados, na manhã desta quarta-feira (17), depois de parte do grupo ter o acesso barrado a uma audiência sobre produção agrícola. Policiais legislativos reagiram à invasão com bombas de efeito moral e spray de pimenta. De acordo com a PM (Polícia Militar), pelo menos dois homens – que estariam depredando carros e vidraças – foram detidos.

Imagens feitas de dentro da entrada do anexo mostram parte da confusão. Índios usam pedaços de pau e cones de sinalização de trânsito para atingir o vidro. Policiais legislativos reagem, e o grupo recua. Outro vídeo mostra funcionários da Câmara dos Deputados com dificuldades de respirar depois do spray de pimenta.

De acordo com o Cimi (Conselho Indigenista Missionário), aproximadamente cem índios estavam no local. A Câmara dos Deputados informou que havia um limite de 50 pessoas permitidas a entrar na audiência, que ocorre na Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural.

Policiais legislativos sugeriram que os índios se revezassem para participar, mas o grupo “ignorou” a recomendação e tentou fazer com que todos entrassem. Neste momento, o Batalhão de Choque da polícia foi acionado para conter a confusão.

“Com as senhas, um grupo de índios teve acesso à audiência, cujo plenário ficou lotado, e outro teve que aguardar do lado de fora da Câmara dos Deputados. A este grupo, que queria entrar a força na Casa, foi proposto um rodízio, o que foi recusado”, disse a Câmara, em um comunicado oficial.

“Então começaram a arremessar pedras e paus, quebrando portas de vidro do Anexo III da Câmara. O grupo também depredou vários carros que estavam no estacionamento. Para conter o grupo, foi utilizado spray de pimenta e bombas de efeito moral”, continua o texto.

O cacique Kretã Kaingang afirmou que não foram os indígenas que iniciaram o confronto. Ele também disse que uma criança foi atingida e teve que ser encaminhada aos primeiros-socorros.

“A gente foi para frente porque queria uma resposta do Congresso. Não estavam deixando a gente entrar para acompanhar a audiência pública sobre o arrendamento de terras indígenas. Deram credencial para quem é a favor, mas não para a gente, que é contra”, declarou.

Em nota, a APIB (Articulação dos Povos Indígenas do Brasil) repudiou a “truculenta decisão da Frente Parlamentar Agropecuária – bancada ruralista – de realizar,[…] uma audiência pública para supostamente ‘debater a produção agrícola indígena’ […]”.

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