Sexta-feira, 19 de abril de 2024

Porto Alegre

CADASTRE-SE E RECEBA NOSSA NEWSLETTER

Receba gratuitamente as principais notícias do dia no seu E-mail ou WhatsApp.
cadastre-se aqui

RECEBA NOSSA NEWSLETTER
GRATUITAMENTE

cadastre-se aqui

Mundo Ato contra a mudança da embaixada dos Estados Unidos para Jerusalém deixou 52 mortos em Gaza

Compartilhe esta notícia:

Os EUA inauguram sua embaixada em Jerusalém em meio a confrontos. (Foto: Reprodução)

As forças israelenses mataram pelo menos 52 palestinos e deixaram cerca de 1.700 feridos em Gaza, durante protestos contra a abertura da Embaixada dos Estados Unidos em Israel. Redes de TV americana dividiram suas telas com imagens da cerimônia e dos enfrentamentos, evidenciando o contraste da realidade vivida por israelenses e palestinos.

O número de mortos é o maior desde o conflito de seis semanas entre os dois lados que provocou a morte de pelo menos 2.125 palestinos em 2014, a maioria dos quais civis. O outro lado registrou baixas de 66 soldados e cinco civis.

O reconhecimento de Jerusalém como capital de Israel foi um dos mais controvertidos anúncios do presidente Donald Trump, que ficou isolado na decisão de transferir a embaixada do país à cidade, também reivindicada como capital pelos palestinos.

Em discurso na cerimônia de inauguração da representação diplomática, o genro de Trump, Jared Kushner, responsabilizou os palestinos pelos choques. “Como vimos nos protestos dos últimos dias e de hoje, os que provocam violência são parte do problema, não da solução”, afirmou.

Kushner disse ainda que a abertura da embaixada será vista no futuro como o início do processo que supostamente levará a paz à região. Mas muitos analistas acreditam que a decisão inviabilizou de maneira definitiva qualquer negociação entre israelenses e palestinos que seja mediada pelo EUA. Marido de Ivanka Trump, Kushner foi escolhido pelo presidente dos EUA para comandar esse processo e deverá divulgar sua primeira proposta sobre o assunto nas próximas semanas.

“Jerusalém é a capital eterna e indivisível de Israel”, declarou o primeiro-ministro do país, Benjamin Netanyahu, que obteve uma importante vitória política no momento em que é investigado por suspeita de corrupção. “Nós estamos em Jerusalém e nós estamos aqui para ficar”, afirmou.

Os palestinos reivindicam Jerusalém Oriental como sua capital. Anexada por Israel em 1967, a região é considerada um território ocupado pela comunidade internacional. Netanyahu também elogiou os soldados israelenses e ressaltou que eles estavam defendendo as fronteiras do país enquanto ele falava – uma menção indireta aos protestos em Gaza.

Horas antes da cerimônia, milhares de palestinos protestaram na divisão do território com Israel. Impedidos de cruzar a barreira que separa os dois lados, eles colocaram fogo em pneus e lançaram pedras e bombas incendiárias na direção dos soldados, que responderam abrindo fogo contra os manifestantes.

Os americanos sustentam que as fronteiras de Jerusalém ainda estão sujeitas a negociação no âmbito do processo de paz. Os palestinos decidiram se retirar das conversas em dezembro, quando Trump anunciou a mudança da embaixada para Jerusalém.

Com a decisão, o presidente dos EUA cumpriu uma de suas promessas de campanha, que agrada principalmente à sua base evangélica branca. O grupo votou em peso em Trump e vê no reconhecimento de Jerusalém como capital de Israel o cumprimento de uma profecia bíblica.

Compartilhe esta notícia:

Voltar Todas de Mundo

Presidente da Empresa Pública de Comunicação volta a ser exonerado e recorre ao Supremo para tentar voltar ao cargo
Idoso de 84 anos é preso por suspeita de estuprar a neta
https://www.osul.com.br/confrontos-em-gaza-deixam-mais-de-50-palestinos-mortos-e-milhares-de-feridos/ Ato contra a mudança da embaixada dos Estados Unidos para Jerusalém deixou 52 mortos em Gaza 2018-05-14
Deixe seu comentário
Pode te interessar