Agro Congresso do Leite valoriza importância de políticas públicas municipais
Por Redação O Sul | 30 de julho de 2015
O nível de organização dos produtores e a presença da mulher nas atividades de gestão da propriedade e na produção de leite são fatores que diferenciam a cadeia leiteira nos três estados da Região Sul em relação ao restante do país. A colocação foi feita pelo chefe-geral da Embrapa Gado de Leite no discurso de abertura do Congresso Internacional do Leite na manhã de ontem (29). Dezesseis autoridades compuseram a mesa de honra, entre eles o presidente do IGL, Gilberto Piccinini, que realiza o evento em parceria com a Embrapa, também representada pelo diretor-executivo de Transferência de Tecnologia, Waldyr Stumpf Júnior.
Na ocasião, Stumpf destacou a importância das políticas públicas municipais para promover o desenvolvimento do setor, com impactos sociais e econômicos. O vice-governador do RS, José Paulo Dornelles Cairoli, defendeu que “política e administração pública têm que andar separadas”. O estado deve o grande crescimento da produção de leite aos programas municipais que beneficiam diretamente o produtor. O Rio Grande do Sul tem perspectivas de ocupar o primeiro lugar nacional em produtividade já em 2015 e hoje exporta cerca de 60% dos lácteos que produz. “Dos 85 mil produtores que entregam o leite a indústrias laticinistas, 95% é de base familiar”, lembrou Piccinini.
Como iniciativa inédita, que reconhece a importância das ações da esfera local, o congresso ofereceu o prêmio Município Amigo do Leite. Foram 49 casos de sucesso inscritos. Dez deles foram classificados para a última etapa da premiação, uma apresentação pública realizada no dia 28, em seminário paralelo ao Congresso Internacional do Leite. Como resultado, três prefeituras receberam a premiação: Benjamin Constant do Sul, pelo Programa Mais Leite; Fagundes Varela, pelo Programa Impulsão Agropecuária e Nova Candelária, que apresentou o programa Incentivo a Produção Leiteira.
O secretário de Desenvolvimento Agropecuário e Cooperativismo do Ministério da Agricultura, Caio Rocha, enfatizou que o congresso é um fórum para discutir políticas públicas e buscar formas de desburocratizar questões relacionadas, por exemplo, a assistência técnica, extensão rural e melhoramento genético. “Estamos trabalhando com o processo da desburocratização, buscando atuar junto com a iniciativa privada”, disse. Também mencionou os esforços da ministra Kátia Abreu para colocar o país na rota de exportação para China e Rússia.
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