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Mundo Conheça as lições do Japão e da Holanda sobre o envelhecimento

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Exercícios para manter a saúde fazem parte da rotina desses países. (Foto: Reprodução)

Na sua última edição, a revista “The Economist” mais uma vez se debruça – a publicação faz isso regularmente – sobre a forma como o Japão vem lidando com o progressivo envelhecimento de sua população. Como em algumas décadas o Brasil terá perfil semelhante ao da nação asiática, vale refletir sobre o que está sendo posto em prática lá.

Na cidade de Toyama, que tem pouco mais de 400 mil habitantes, o centro de cuidados preventivos oferece aos idosos academia de ginástica, piscina, reabilitação e massagem. Um médico fica de prontidão para o caso de um dos frequentadores cometer excessos. Cerca de 30% dos habitantes têm mais de 65 anos e esse percentual continua crescendo enquanto a população vai diminuindo.

Com menos gente em idade produtiva e arrecadação de impostos, a prefeitura decidiu “encolher” a cidade, concentrando seus moradores e serviços. Para estimular que os mais velhos saiam de casa, houve investimento no sistema de trens, que não têm degraus e são mais amigáveis. Além disso, há subsídios para a construção e compra de casas num raio de até 500 metros das estações. Trata-se de um círculo virtuoso: idosos mais ativos precisam de menos cuidados e não sobrecarregam o sistema público de saúde.

Na Holanda, o serviço conhecido como Buurtzorg (cuja tradução é o equivalente a “cuidados dos vizinhos”) vem sendo apontado como uma revolução na saúde primária, tendo sido reconhecido pelo World Economic Forum pela sua relevância.

Criada em 2007, a organização atua com equipes pequenas de até 12 enfermeiros. Cada grupo é independente e atende de 40 a 60 pessoas de um determinado bairro. Atualmente há mais de 8 mil profissionais e a regra de ouro é que os enfermeiros gastem 61% do seu tempo com os idosos (e suas famílias) pelos quais são responsáveis.

Eles trabalham como “consultores de saúde”, enfatizando a necessidade de bons hábitos para a prevenção de doenças, mas também se encarregam de tarefas em geral realizadas por mão-de-obra menos qualificada, como dar banho – o diferencial é justamente conciliar atenção médica e serviço de cuidadores.

O Buurtzorg, criado pelo enfermeiro Jos de Blok, foi concebido para ser oferecido às operadoras de seguro de saúde privadas, que têm custos altos com homecare, sendo que nem todos os idosos necessitam de cuidados intensivos.

O projeto, que começou com um time de quatro pessoas, conta agora com 900 equipes, mas depende de flexibilidade e pouca burocracia. Afinal, os enfermeiros têm um escopo amplo de atividades: de tratar de um ferimento a vestir um paciente. O Brasil ainda engatinha no que diz respeito a soluções criativas para lidar com seus velhos e temos um obstáculo pela frente: categorias terão que abrir mão do corporativismo para que prevaleça o bem-estar da maioria.

 

 

 

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