Quinta-feira, 18 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 9 de agosto de 2017
A Coreia do Norte afirmou que está estudando “cuidadosamente” a possibilidade de realizar um ataque com mísseis sobre o território dos Estados Unidos de Guam, no Oceano Pacífico. O anúncio foi feito como reação à afirmação do presidente Donald Trump que, mais cedo, afirmou que os Estados Unidos responderiam com “fogo e fúria” a qualquer ameaça.
A afirmação de Pyongang foi divulgada por agências internacionais e teria sido difundida por meio da Agência Estatal de notícias do governo norte-coreano. Segundo um comunicado divulgado pela agência, o plano de ataque contra Guam pode ser executado “a qualquer momento”, e que um ataque só depende da ordem do líder do regime, Kim Jong Un.
A agência estatal também afirmou que pode realizar um ataque preventivo caso os Estados Unidos mantenham o tom provocativo. Além disso, agências de notícias da Coreia do Sul informaram que o regime norte-coreano poderia lançar misseis nas proximidades de base militares dos Estados Unidos em Guam.
No fim de semana as Nações Unidas aprovaram sanções contra a Coreia do Norte e além disso, os Estados Unidos fizeram mais manobras na região recentemente, assim como testes de misseis balísticos.
Com o tom provocativo de Donald Trump, a Coreia ameaçou e disse que os exercícios militares e a postura do governo norte-americano poderia “provocar um grave conflito”.
Analistas consultados pela imprensa americana receberam a declaração com apreensão porque, segundo eles, a Coreia já teria capacidade de lançar uma bomba nuclear de pequeno porte usando seu arsenal de misseis.
Guam é um território organizado não incorporado norte-americano na Micronésia, no oeste do Oceano Pacífico. A ilha foi controlada pela Espanha até 1898, passando para o domínio dos Estados Unidos após o Tratado de Paris na sequência da Guerra Hispano-Americana. Com 541 quilômetros quadrados, Guam tem uma população de aproximadamente 178 mil pessoas e as instalações norte-americanas na ilha estão entre as bases dos EUA de maior importância estratégica no Pacífico Ocidental.
Fúria de Trump
Na última terça (8), o presidente americano Donald Trump prometeu responder com “fogo e fúria” à Coreia do Norte caso o país prossiga com suas ameaças aos Estados Unidos pelo desenvolvimento de seu arsenal nuclear.
“É melhor que a Coreia do Norte não faça mais ameaças aos Estados Unidos. Enfrentarão fogo e fúria como o mundo nunca viu”, declarou Trump de seu clube de golfe em Bedminster, Nova Jersey, onde passa férias.
O comentário de Trump vem no mesmo dia em que o jornal “The Washington Post” revelou que, de acordo com as conclusões de especialistas de inteligência dos Estados Unidos, a Coreia do Norte conseguiu miniaturizar o suficiente uma bomba nuclear para colocá-la em um de seus mísseis intercontinentais.
Esta capacidade marcaria um importante passo adiante da Coreia do Norte, que se converteria assim em uma potência nuclear, segundo o jornal, que se inteirou de que a Agência de Inteligência e Defesa (DIA) completou o relatório no mês passado. (ABr/AG)