Terça-feira, 23 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 7 de dezembro de 2017
“Salvator Mundi”, de Leonardo da Vinci, se tornou a obra de arte mais cara da história — vendida em um leilão da Christie’s por cerca de R$ 1,5 bilhão — e, desde então, muitos curiosos desejam descobrir a identidade do comprador da tela. O mistério acabou nesta quarta, quando o “The New York Times” divulgou que o príncipe saudita Bader bin Abdullah bin Mohammed bin Farhan al-Saud era o homem por trás do lance bilionário.
De acordo com os documentos analisados pelo “The New York Times”, o príncipe está pagando a obra em seis parcelas de US$ 58,4 milhões, o equivalente a R$ 189 milhões. Ela, aliás, será exposta no Louvre de Abu Dhabi.
Com um perfil discreto, Bader é amigo de pessoas influentes, como Mohammad bin Salman, príncipe herdeiro da Arábia Saudita e Ministro da Defesa de seu país. Ele não é familiarizado com o mundo de leilões de arte e sequer é um grande colecionador. O que Bader parece conhecer bem são as áreas de telecomunicações e energia elétrica, nas quais ele investe.
Atualmente, o príncipe preside um grupo de comunicação em seu país, chamado SRMG (Saudi Research and Marketing Group). A empresa é responsável por publicar 15 revistas e jornais.
Ele também é um dos fundadores de um dos maiores negócios de gestão de resíduos na Arábia Saudita, e participa em projetos com grandes companhias.
As obras de arte mais caras de todos os tempos
“Salvator Mundi”
O quadro “Salvator Mundi”, do artista renascentista Leonardo da Vinci, foi leiloado por US$ 450,3 milhões, cerca de R$ 1,5 bilhão, e estabeleceu um novo recorde em leilões do mercado de arte. A tela, que representa Jesus Cristo, o “salvador do mundo”, segurando uma esfera com a mão esquerda, foi vendida em apenas 19 minutos.
“Interchange”, de Willem de Kooning
A tela do pintor holandês (1904—1997) foi negocianda, numa venda privada, em 2016 por US$ 300 milhões ao bilionário americano Ken Griffin. Na mesma compra, ele também adquiriu a tela ‘Number 17A’, de Jackson Pollock, por US$ 200 milhões.
“Quando te Casarás?”, de Paul Gauguin
A tela de 1892, “Nafea Faa Ipoipo” (Quando você vai se casar?, em tradução livre), do pintor francês Paul Gauguin, foi arrematada em 2014 por US$ 300 milhões (aproximadamente R$ 835 milhões). A obra pertencia a um um colecionador suíço e foi negociada por um comprador do Catar.
“Os jogadores de cartas”, de Paul Cézanne
A família real do Catar comprou a tela de Paul Cézanne (1839-1906), em 2012, por US$ 250 milhões. O quadro faz parte de uma série de quatro pinturas, que se encontram nas coleções do Museu Metropolitano de Arte de Nova York, o Museu de Orsay de Paris, o Courtauld de Londres e a Barnes Foundation da Pensilvânia.
“Les femmes d’Alger (version O)”, de Pablo Picasso
O quadro “Les femmes d’Alger (version O)” (“As mulheres de Argel”), homenagem de Picasso ao seu amigo e antigo rival Henri Matisse, foi vendida, em maio de 2015, por US$ 179,36 milhões. A obra é a última e mais famosa de 15 variações de “Les femmes d’Alger”, iniciada por Picasso em 1954, após a morte de Matisse, inspirando-se em Eugène Delacroix.
“Nu couché”, de Amedeo Modigliani
Considerada uma das maiores obras do mestre, “Nu couché” (1917-1918) foi leiloada em novembro de 2015 por US$ 170,4 milhões. A obra, que mostra uma mulher nua deitada sobre um sofá, provocou escândalo quando o pintor a exibiu pela primeira vez, em Paris.
“Três estudos de Lucian Freud”, de Francis Bacon
O tríptico do pintor britânico foi vendido em novembro de 2013 por US$ 142,4 milhões. A série “Três estudos de Lucian Freud” é considerada uma das obras mais importantes de Bacon. Um colecionador levou cerca de 15 anos para reunir os três painéis, vendidos separadamente na década de 1970.