Terça-feira, 23 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 16 de dezembro de 2015
Depois de sete adiamentos, o Conselho de Ética da Câmara dos Deputados aprovou, por 11 votos a nove, o parecer preliminar do deputado Marcos Rogério (PDT- RO) favorável à continuidade das investigações sobre o presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).
Alvo da Operação Lava-Jato, ele é acusado de mentir à CPI da Petrobras, em março, ao negar que mantém contas secretas no exterior. O processo poderá levar a uma punição que varia da censura à cassação do mandato.
A votação foi realizada horas após a operação de busca e apreensão na residência oficial de Cunha em Brasília e na sua casa no Rio de Janeiro, pela PF (Polícia Federal).
Deputados aliados defendiam a concessão de um pedido de vista para que o peemedebista analisasse o caso por um prazo maior, medida que poderia atrasar a votação do relatório, devido à substituição do relator: na semana passada, o deputado Fausto Pinato (PRB-SP) acabou destituído da função, devido a manobras regimentais promovidas por integrantes da chamada “tropa de choque” de Cunha.
O presidente do colegiado, José Carlos Araújo (PSD- BA), acabou negando o pedido de vista. Repassou, porém a decisão final para o plenário, que por maioria decidiu que não se justificava a exigência de tempo adicional, pois Rogério havia apresentado apenas um complemento ao parecer de Pinato, que já pedia a continuação das investigações. (AG)